Minho: Vilaverdense condenado a 11 anos por agredir ex-companheira e tentar matar idoso





O Tribunal Judicial de Braga condenou hoje a 11 anos de prisão um homem de 61 anos acusado de agredir a ex-companheira e de tentar matar um idoso, em agosto de 2013, por razões passionais.


A juíza presidente do coletivo sublinhou que para a medida daquela pena pesaram os muitos antecedentes criminais do arguido, que já soma condenações anteriores, uma das quais a 16 anos de prisão, em 1979, pelo homicídio da mulher, no âmbito de um processo de divórcio.


Em 1994, o arguido, residente em Vila Verde, distrito de Braga, foi condenado a quatro anos de prisão por homicídio na forma tentada, crime por que voltou a ser condenado em 2010, dessa feita a 10 anos.

Conta ainda com uma condenação a quatro anos e dois meses de prisão, por violência doméstica.

Hoje, foi condenado a 11 anos, pelos crimes de homicídio na forma tentada, ofensas à integridade física, furto e dano.

Os factos remontam a 27 de agosto de 2013, em Braga, e terão sido motivados pela não aceitação, por parte do arguido, do fim do relacionamento que mantinha há cerca de quatro meses.

Segundo o tribunal, a sua companheira terá posto fim ao relacionamento quando soube dos antecedentes criminais do homem.

O arguido foi a um apartamento onde sabia estar a vítima e agrediu-a com bofetadas, murros e pontapés, atingindo-a ainda com uma navalha numa perna e no pescoço.

Um idoso que morava no mesmo apartamento foi em socorro da vítima e acabou por ser esfaqueado no tórax e no pescoço.

De acordo com o tribunal, o arguido terá pensado que o idoso manteria um relacionamento íntimo com a sua ex-companheira.

Antes de abandonar as vítimas, o arguido ainda levou o telemóvel da ex-companheira e partiu um jarrão de coleção do idoso, avaliado em 900 euros.

O tribunal sublinhou o dolo direto e a ilicitude "elevada" com que o arguido atuou e o facto de não ter prestado auxílio às vítimas.

A primeira condenação do arguido remonta a 1973, pelo crime de ofensas corporais, constando ainda no seu registo um crime de roubo.

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