Vila Verde: PS de Vila Verde pede a Vilela que 'abandone o folclore' e acusa o edil de 'postura marcada pela arrogância'




O Partido Socialista (PS) de Vila Verde classifica o mandato, um ano depois de ter tomado posse, de António Vilela como "prejudicial" e "consumidor de recursos.
"Para quem gasta 31 milhões de euros, parece-nos, evidentemente, que muito fica por fazer", dizem os socialistas em comunicado. Ao mesmo tempo tornam 37 projetos, dos mais de 100 que dizem ter, públicos. Ideias e sugestões para Vila Verde.

"Um ano marcado pela arrogância consequente da insegurança pessoal e das fragilidades e esgotamento do projeto político que tem para oferecer aos vilaverdenses, António Vilela tem-se refugiado no seu mundo de verdades e razões próprias para não aproveitar os muitos e diversos contributos da vereação Socialista para o crescimento e desenvolvimento sustentado do concelho de Vila Verde", começa por ler-se no comunicado enviado à imprensa.

Para os vereadores socialistas - Luis Filipe Silva, José Morais e Manuela Machado - os primeiros quatro meses foram pautados por polémica. "Um contrato para recolha de resíduos sólidos urbanos duvidoso, anúncio de um plano de emergência para recuperação das vias rodoviárias que nunca chegou a ser implementado, e um pedido de calamidade pública de que ninguém soube mais desenvolvimentos. Também exigiram ao Governo de Pedro passos Coelho a construção da variante a Vila Verde e nada", dizem os socialistas de Vila Verde, ao mesmo tempo que denunciam dúvidas relativamente às contas da câmara.

"Com especial destaque para as contas entre câmara e EPATV, pelos abusos da empresa concessionária do estacionamento pago e a inercia do presidente de câmara face aos mesmos, e por mais uma série de episódios que deixam muitas dúvidas quanto à estratégia definida para o concelho", afirmam.

Quanto aos restantes oito meses, Luis Filipe Silva, José Morais e Manuela Machado, dizem "ser mais do mesmo" e traçam um cenário muito pouco rosa. "Ao concelho de Vila Verde foram retiradas competências, nomeadamente no caso do Tribunal. Foi também dado a conhecer o estudo sobre a qualidade da água potável, que em 2009 mantinha níveis de excelência e que agora se apresenta entre as piores do país, isto para não falar dos incidentes ambientais no Rio Cávado e Homem que muito prejudicaram as receitas turísticas", denuncia a oposição.

A nível autárquico, o PS fala em "atitudes antidemocráticas" com crescentes dificuldades impostas ao trabalho dos vereadores do PS. "Com contornos de ilegalidades praticadas por membros do seu gabinete de apoio. António Vilela mostrou-se absolutamente incapaz para, entre outras coisas, democraticamente, reconhecer os muitos contributos dos vereadores do Partido Socialista", declaram os vereadores de oposição.

Em jeito de "nem tudo vai mal", o PS reconhece os esforços desenvolvidos pela câmara. "Mereceram a nossa concordância várias obras municipais, lançadas com financiamento comunitário, como foram os centros escolares, o centro de dinamização artesanal, a loja de turismo, a requalificação do quartel da GNR. Mas numa Câmara Municipal cujo orçamento consome 31 milhões de euros, parece evidente que ficou muito por fazer", dizem.

Por tal, os vereadores tornam público 37 propostas, de 100, e recomendações. Trabalho que dizem "não ter sido valorizado pela gestão de António Vilela e os seus pares", numa atitude que consideram "estar a prejudicar o concelho e o dia a dia dos vilaverdenses".


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