O vinho verde tem passado ao lado da crise, com “uma procura muito grande do mercado externo”, garante o representante da Adega Cooperativa de Ponte da Barca, David Amorim, na Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo que decorre até hoje em Braga.
A Cooperativa de Ponte da Barca, que agrega cerca de mil produtores, sobretudo dos concelhos de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, exporta mais de 30 por cento da sua produção e além do mercado da saudade, está a criar mercado em países como a Alemanha, Suécia, Noruega e Polónia, onde os vinhos mais leves têm uma grande adesão, descreve David Amorim.
Em Ponte da Barca, houve já quem ‘agarrasse’ o vinhão da Adega Cooperativa para confeccionar um doce inovador que, a par de outros produtos locais, pode ser provado no stand que junta municípios e adega.
O município de Terras de Bouro aproveita o certame patente no Parque de Exposições de Braga Braga para se promover como destino turístico convidando à descoberta do seu ex-libris - o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
As termas de Caldelas, os vinhos, a gastronomia e o artesanato são as principais ofertas do concelho de Amares, pelo que o município congregou vários agentes locais para apresentarem a sua oferta na Feira do Vinho, sem esquecer um dos seus produtos - a laranja - e as Festas Antoninas, que se aproximam.
Do stand de Vieira do Minho, os visitantes do PEB podem levar material promocional do concelho bem como apreciar o vinho verde da região, os licores, o mel, o artesanato em linho, os bordados, o cobre e outros produtos locais.
“A participação neste certame constitui uma mais-valia para o concelho de Vieira do Minho no que diz respeito à promoção da oferta turística e à comercialização dos produtos típicos e artesanato local, contribuindo desta forma para a preservação das tradições” refere fonte do município vieirense, em comunicado.
Qualidade é o caminho para o sector do vinho
O enólogo António Rosas aponta a qualidade e a consistência dessa qualidade - garantindo-a, ano após ano, com diferentes colheitas para o con- sumidor fidelizar - como o “grande caminho e o grande desafio para o sector do vinho em geral e dos vinhos verdes em particular”.
António Rosas esteve ontem na Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo, para falar das ‘tendências no vinho’.
A Região dos Vinhos é a maior, em termos de área do país, e exceptuando o Vinho do Porto, tem um peso muito relevante em termos de exportação e de consumo no mercado nacional.
Por outro lado, o verde “não é um vinho de guarda, por isso, corresponde o consumo à produção”.
O alvarinho é “a coqueluche’ dos vinhos verdes, fruto da casta e porque durante, muito tempo, a região não deixou sair a casta da região de Monção e Melgaço, situação que foi aproveitada pelos espanhóis, refere António Rosas.
Mesmo assim, o enólogo identifica o vinho como “um sector em crescendo ao longo das últimas décadas”, que tem ajudado bastante em termos de exportações, com a vantagem de estar bastante repartido. Tem mais operadores que “num trabalho, mais de formiga, cada um à sua escala, tem feito um excelente trabalho”, afirma António Rosas, que destaca o esforço de divulgação da Comissão de Vinhos Verdes, sobretudo em mercados grandes como o Brasil e os Estados Unidos.
A divulgação da marca genérica ‘vinho verde’ começa a a dar os seus frutos, até porque “as pessoas estão saturadas e outros estilos de vinho que se fazem em qualquer outro país e noutra parte do mundo e o vinho verde tem características de facto de leveza ímpares e porque também a média qualitativa dos vinhos verdes tem subido bastante e não é um produto muito caro” realça.
Vinho, fumeiro e artesanato ajudam a promover turismo
Vinhos e fumeiro é o que o município de Ponte de Lima traz à Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo a decorrer em Braga até hoje. “O objectivo é promover os nossos produtos que já têm grande importância na economia local” explica o vereador do pelouro do Turismo do município limiano, Pedro Sousa.
No stand do município de Ponte de Lima, está também representada a Adega Cooperativa de Ponte de Lima e outros produtos locais.
Pedro Sousa refere que “complementam a oferta turística na enogastronomia” em que o município aposta, através de “pratos de reconhecido valor e com ancestralidade”.
O vereador do pelouro sublinha que “hoje em dia, o turismo, como área transversal aproveita os recursos endógenos para alavancar e tornar mais sustentável a economia local”.
Ainda na primeira edição, Pedro Sousa acredita que a Feira do Vinho Verde de Braga conseguirá atrair visitantes e gerar negócios para crescer.
O município de Ponte de Lima promove a sua própria Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais, de 13 a 15 de Junho, que já vai na sua 24.ª edição.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão congregou vários parceiros ligados à temática do certame e apresenta-se com vinhos, com o queijo tradicional; um produto inovador que são as compotas em bisnaga e o fumeiro tradicional, através de um talho da freguesia de Ruivães.
O mundo rural e as técnicas de trabalhar o vinho também estão representados no stand do município de Vila Nova de Famalicão, explica Mário Monteiro, do pelouro do Turismo.
Porfírio Machado e produtor de vinho, mas há outros produtos, como as compotas, a representar o concelho de Celorico de Basto, integrado stand institucional das Terras de Basto.
Porfírio Machado, que trabalha o mercado interno e externo, garante que “apesar da crise há procura e há valorização dos produtos de qualidade” como é o caso do vinho verde.
O município de Esposende dá a provar, na Feira do Vinho Verde, o vinho, mas também o queijo das Marinhas, as cavacas e o ex-libris do concelho - as clarinhas de Fão.
O certame é também aproveitado para promover uma área em crescimento em Esposende - os desportos náuticos.
Os parceiros do município de Vila Verde na marca ‘Namorar Portugal’ juntaram os vários produtos que nasceram sob a égide dos lenços dos namorados.
Fonte Correio do Minho por Teresa M. Costa

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