Vila Verde: Quer apostar no aproveitamento dos recursos hídricos para valorizar património e economia


O Município de Vila Verde pretende ver desenvolvido um processo alargado tendente à recuperação de património localizado em rios, ribeiros e outros cursos de água no sentido da sua recuperação e valorização enquanto mais-valias para a produção de energia eléctrica. Em parceria com privados, está a planear o aproveitamento hidroeléctrico naqueles cursos de águas e edifícios que serão alvo de restauro.

Numa visita recente a um dos projectos que se encontra a ser desenvolvido no concelho de Vila Verde, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. António Vilela, reuniu com o Presidente da APA, e percebeu «alguns bloqueios ao desenvolvimento dos referidos projectos».   
O caso concreto visa, a partir do restauro de um moinho antigo, aplicar um sistema de turbina que, através do caudal do rio, produza energia eléctrica que, por sua vez, será injectada na rede eléctrica.
Foi constatado que o sistema está praticamente concluído, faltando apenas aplicar um inversor. Pretende-se que entre em funcionamento até final do ano. Existe mesmo um contrato assinado com a REN para injectar a energia produzida.

«Pretende-se desenvolver uma rede efectiva de instalações hidroeléctricas de pequenas dimensões, enquanto forma de produção descentralizada de energia eléctrica, através da utilização de infra-estruturas cujos impactos ambientais já foram há muito apropriados pelo ecossistema no qual estão inseridos, preservando, assim, os troços originais dos rios, gerando impactos positivos na economia local com respeito pelos valores sociais e claros benefícios para a população local», sustenta o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, na exposição que entregou em mãos no Ministério do Ambiente.
Esclarece também que, «do ponto de vista técnico e ambiental, este tipo de equipamentos não carece de grandes infra-estruturas de transporte de energia, evita perdas nas redes de transporte de alta e média tensão, bem como as perdas de transformação na elevação e abaixamento de tensão (postos de transformação), reduz o consumo de combustíveis fósseis para produção de energia eléctrica, assim como a importação e consequente redução de gases com efeito de estufa. Às vantagens acabadas de elencar soma-se a recuperação de património edificado em franca degradação e o facto de constituir um contributo para a fixação de população no interior do País, bem como uma maior independência financeira e energética do interior rural, na medida em que os proveitos resultantes da produção energética têm um impacto relevante a nível local». 

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