Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista para a Câmara Municipal de Vila Verde votaram contra a proposta que propõe a existência de um terceiro vereador a tempo inteiro no Município. Em comunicado enviado à imprensa, o PS diz que «embora enquadrável no regime de excepção conferido pela Lei», não se justifica o alargamento excepcional proposto pelo Presidente de Câmara.
Para justificar a sua posição, os representantes do PS lembram que o Município está permanentemente a ver as suas transferências do Orçamento de Estado diminuídas e consideram que «o abrandamento das actividades económicas no concelho se traduz na diminuição de receitas municipais e, também, em menos actividade dos próprios serviços do Município». No comunicado os vereadores do PS referem ainda que o Município vive uma «difícil situação económico-financeira, tendo inclusive já sido alvo de resgate financeiro através do Programa Apoio à Economia Local» e salientam que as câmaras «terão que proceder a uma diminuição dos seus recursos humanos, realidade que aumentará ainda mais o desemprego entre os vilaverdenses».
Depois de referir que «devem ser as instituições públicas e os seus responsáveis a dar o primeiro exemplo à comunidade onde estão inseridos», a vereação socialista diz que a sua posição «mais não é que uma questão de consciência face aos milhares de vilaverdenses que diariamente lutam para sobreviver e que não entendem alguns dos gastos supérfluos do Município de Vila Verde». Luís Filipe Silva, José Morais e Manuela Machado dizem que está «mais que na hora de passar dos discursos aos actos, dando sérios exemplos de contenção de despesas, de rigor e de real dedicação à causa pública e às suas exigências» e consideram que «não é legítimo, ou pelo menos moralmente aceitável, que a edilidade pense em despedir funcionários municipais e, em seguida, queira manter a excepção legal que permite a existência de um terceiro vereador a tempo inteiro».

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