Vila Verde: António Vilela aposta na promoção do desenvolvimento económico (via C.M.)


Emprego e desenvolvimento económico, educação, formação e acção social, ambiente e qualidade de vida — são estes os eixos estratégicos em que assentará a acção do novo executivo de Vila Verde. António Vilela foi ontem empossado como presidente da câmara e no seu discurso anunciou já algumas medidas que visam garantir o progresso do concelho e melhorar qualidade de vida dos vilaverdenses.

Numa cerimónia bastante concorrida, António Vilela enfatizou que o executivo “tudo vai continuar a fazer para atrair investimentos e empreendimentos que gerem riqueza e emprego”. 
Esses apoios traduzem-se em incentivos fiscais e na criação de novas zonas industriais.
“Queremos reforçar a identidade do nosso território e das nossas empresas com medidas efectivas de apoio às pessoas e às actividades económicas”, realçou, especificando: “a maior parte do território do concelho vai continuar isenta de taxas de construção; os nossos casais jovens vão continuar a não pagar taxas de construção; os investimentos na agricultura, pecuária e florestas continuarão isentos do pagamento de qualquer taxa de licenciamento”, garantiu.
António Vilela prometeu ainda que o Município de Vila Verde vai continuar a fixar o IMI no valor mínimo permitido por lei e pretende ainda manter a isenção na derrama para as empresas que se fixem no concelho.

“Queremos fixar as pessoas, sobretudo os jovens”, vincou, mencionando ainda a aposta na actividade agrícola como prioritária “enquanto factor de desenvolvimento”.
António Vilela prometeu também continuar a investir na requalificação da rede viária, promovendo a mobilidade de bens e pessoas. O Turismo foi outros dos chavões deste discurso de tomada de posse, com o autarca a destacar a importância de projectos como a ciclovia que vai ligar Vila Verde ao litoral de Esposende. No capítulo do ensino, vai ser concluída a requalificação do parque escolar e vai manter-se o apoio ao ensino profissional, considerado uma “aposta estratégica” para a formação dos jovens vilaverdenses.

O presidente que agora cumpre o segundo mandato mostra-se atento à grave crise que assola o país e promete que a sua equipa vai trabalhar para “construir um concelho mais solidário, um concelho onde os idosos tenham presente e os jovens tenham futuro”. E vincou: “seremos sempre uma almofada social para os mais vulneráveis”.
No capítulo do ambiente, António Vilela realçou que os objectivos só serão atingidos quando os “os serviços básicos” (água e saneamento) estiveram ao alcance de todos. Vai ser uma das áreas onde mais se vai trabalhar. No que à cultura, desporto e lazer diz respeito, Vilela aposta na diversificação das actividades para ir ao encontro dos diferentes públicos. 
“Vamos continuar a apoiar as associações e os clubes” do concelho, prometeu, dando destaque ao Clube Náutico de Prado.

Depois do sucesso que foi o Campeonato da Europa de Maratona de Canoagem, o Município pretende agora candidatar Vila Verde a uma prova para o Campeonato do Mundo e para isso vai apostar na construção de infra-estruturas “para criar novas dinâmicas para esta modalidade”.
Num discurso de quase meia- -hora, António Vilela não esqueceu os fundos comunitários, garantindo que o executivo já está a trabalhar para aproveitar o próximo quadro comunitário de apoio que considerou “uma oportunidade para concretizar obras essenciais para o crescimento e modernização de Vila Verde”.

E não terminou sem prometer “rigor em manter o equilíbrio orçamental do município”.
“Contamos com todos para continuarmos a alavancar o crescimento do nosso território”, afirmou Vilela que, dirigindo-se directamente à oposição lançou um apelo à cooperação: “espero uma oposição atenta, vigilante, mas também construtiva e cooperante”.
O PSD venceu as eleições para a Câmara de Vila Verde com 46% dos votos, o que lhe garantiu quatro mandatos e a conquista da maioria absoluta. Em 2009 tinha obtido 46,6% dos votos. 
O PS obteve 43,28% dos votos, e conseguiu eleger três vereadores, mais um do que em 2009. A candidatura de Luís Filipe Silva registou uma subida considerável (mais 10,66%) em comparação com 2009, quando obteve 32,62% dos votos.

Quem “derrapou” foi o CDS-PP que não foi além dos 3,75% dos votos, quando em 2009 arrecadou 16,54% (em 2009 obteve 5006 votos e desta vez ficou-se pelos 1104). Consequentemente, perdeu o para o PS o vereador que tinha no mandato cessante. A CDU obteve 2,16% dos votos. Subido em relação a 2009.

Fonte Correio do Minho por Marlene Cerqueira

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