O Facebook recebeu, nos primeiros seis meses deste ano, mais de 25 mil pedidos de informação sobre cerca de 38 mil dos seus utilizadores em 71 países. Portugal pediu ao gigante norte-americano informações sobre 213 utilizadores
Mais de metade dos pedidos foi feito nos EUA, onde mais de 166 milhões de pessoas estão inscritas nesta rede social.
O anúncio foi feito ontem pelo Facebook, no seu primeiro relatório sobre o tema, o "Global Government Requests Report", em plena polémica sobre o programa de vigilância eletrónico secreto das autoridades norte-americanas.
"Dispomos de processos rigorosos para dar resposta a todos pedidos de dados por parte dos governos. Acreditamos que este processo protege os dados das pessoas que utilizam o nosso serviço e obriga os governos a cumprirem requisitos jurídicos bastante elevados em cada pedido individual para obter informações sobre os nossos utilizadores", referiu a rede social.
Os dados do relatório podem ser vistos aqui
Por exemplo, até junho deste ano Espanha fez 479 pedidos sobre 715 utilizadores ou contas de utilizador, cuja taxa de resposta foi de 51%, enquanto a França solicitou 1,547 pedidos sobre 1,598 contas, com uma taxa de resposta de 39%.
A Alemanha, que obteve 37% das respostas, fez 1,886 pedidos sobre 2,068 contas ou utilizadores.
Em igual período, a Grécia fez 122 pedidos para um total de 141 contas de utilizadores da rede social, com 54% de respostas.
A Rússia fez apenas um pedido neste período, sobre uma determinada conta, mas não obteve resposta do Facebook.
No caso dos Estados Unidos da América, que lideram o número de pedidos, estes oscilaram entre 11.000 e 12.000 no primeiro semestre. Os pedidos de informação visavam entre 20.000 e 21.000 contas de utilizadores, com uma taxa de resposta de 79%.
Os pedidos do governo do Reino Unido atingiram os 1.975 para 2.337 contas de utilizadores da rede social especificadas, com o Facebook a fornecer resposta a 68% dos pedidos.
"Acreditamos que, embora os governos tenham a grande responsabilidade de manter as pessoas em segurança, é possível fazê-lo com transparência. A transparência do governo e a segurança pública não estão exclusivamente ligadas entre si, salientou o Facebook.
"Podem coexistir em sociedades livres e abertas e contribuem para o nosso fortalecimento. Recomendamos vivamente a todos os governos que sejam mais transparentes relativamente aos seus esforços para assegurar a segurança pública e continuaremos a defender vigorosamente uma maior divulgação de informações", adiantou.
Fonte DN por Susana Salvador
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