O mercado de segunda mão está a ganhar novos adeptos em Braga, a avaliar pelo número de pessoas que ontem passaram pela Braga Urban Market (BUM), que decorreu nos claustros da Rua do Castelo.
São muitos aqueles que, todos os primeiros sábados de cada mês, procuram boas oportunidades de negócio. Uns procuram artigos de roupa que, embora usada, se apresenta em bom estado e a preços muito convidativos. Aliás, o vestuário é um dos artigos mais procurados e comercializados.
Aqui encontramos peças de marcas reconhecidas no mercado, mas a preços inigualáveis. O bom estado de conservação também é outro dos factores de atracção.
E se estes são ingredientes essenciais para quem compra, são também mais-valias para quem vende.
Que o diga Jaqueline Moreira que ontem decidiu colocar à vendas peças de vestuário (cintos e malas) que já estiveram pendurados no seu armário.
“Foi mesmo pegar no que tinha lá em casa e que já não uso e vender para libertar espaço, ganhando simultaneamente algum dinheiro. É literalmente deixar o velho para comprar o novo”.
Jaqueline seguiu as pisadas de uma amiga que tem a mesma prática. “O conceito hoje em dia é mesmo esse: libertar espaço, para ganhar espaço livre e voltar a encher”, diz a jovem. Muitas das peças que colocou à venda, sobretudo camisas e algumas malas, eram vendidas a cinco euros. “O cliente tem de achar que está a fazer um bom negócio. Quem compra procura um preço barato”, acrescenta.
Para a jovem, os bracarenses mostram ainda algum receio em comprar coisas usadas, sobretudo roupa. Numa outra perspectiva, Isabel Silva, cliente habitual desta mercado, diz que o projecto constitui uma “óptima ideia”.
“O mercado tem muita coisa, constituindo uma oportunidade para as pessoas reciclarem o que têm em casa e contribuírem para um fim que é sempre útil à sociedade”, diz. Isabel comprou vários livros para enviar para África, permitindo que as crianças mais desfavorecidas tenham acesso à leitura. “Aproveito a oportunidade para comprar livros bons, em muito bom estado que vou mandar para uma biblioteca em África onde as crianças pura e simplesmente não têm livros”.
Ao contrário de Jaqueline, Isabel é da opinião que o público bracarense já não fica muito atrás do restante em termos de aquisição de material usado, seja de que natureza for.
“Há públicos para tudo. Acho que já lá vai o tempo que não estávamos preparados para. Acho que isso nem existe. Começando a ter iniciativas, as pessoas vão usufruindo da oportunidade”, remata.

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