Foi a 21 de fevereiro de 2001 que João Paulo II fez de Jorge Mario Bergoglio Cardeal. Nove anos antes, o mesmo Papa nomeou-o Bispo. Bergoglio, homem de fé austera, teve uma carreira meteórica na hierarquia da Igreja Católica Romana. Visto como simples e modesto, mas moderno, terá escondido essa modernidade para agradar ao Papa Bento XVI, homem por quem Bergoglio tem grande admiração.
O seu nome não estava entre os favoritos, no entanto, em 2005, no meio de indiscrições após o Conclave, soube-se que Bergoglio tinha sido o segundo nome mais votado. Ratzinger, ou Bento XVI, foi o primeiro.
O novo Papa tem 76 anos. Filho de imigrantes italianos, nasceu em Buenos Aires. Além da sua nacionalidade, argentina, a sua idade constitui outra surpresa. Depois de Bento XVI, esperava-se um Sumo Pontífice mais novo. E de saúde mais robusta. mas adolescente, Bergoglio contraiu uma doença respiratória infecciosa e desde os 20 anos que vive só com um pulmão.
Técnico em química, foi mais tarde que escolheu o sacerdócio.
Foi aos 21 anos, quando entrou para a Companhia de Jesus. Como estudos escolheu Humanidades e obteve uma Licenciatura em filosofia.
É a primeira vez que um jesuíta se torna Papa, isto apesar da Companhia de Jesus ser uma das três mais importantes organizações dentro da Igreja Católica Romana.
Ordenado padre em 1969, quando completa 36 anos, em 1973 torna-se primado da Argentina. Ou seja, o responsável nacional dos jesuítas do país. Três anos depois começa a ditadura na Argentina. Um período qur traz algum desconforto a Bergoglio.
Os sequestros políticos começam, padres e a classe trabalhadora, muito implicados socialmente, tornam-se alvo especial da junta. Dois prelados são detidos e torturados. Bergoglio é acusado de os ter denunciado. O agora Papa sempre rejeitou essa acusação.
E na Argentina, a sua má relação com o casal Kirchner é conhecida. Começou no tempo de Nestor e culminou em 2010, com Cristina no poder, por causa da legalização, no país, do casamento homosexual.
Apesar de se opor ao aborto e à ordenação das mulheres, Bergoglio criticou, em 2012, os padres que recusam batizar crianças nascidas fora do casamento. Chamou-os "hipócritas". Mas o que o apaixona é a luta contra a pobreza. E conhece bem os bairros desfavorecidos de Buenos Aires.
A escolha de Jorge Mario Bergoglio é vista por muitos como o regresso da humildade ao Vaticano. Uma humildade que o Cardeal professa. Sempre preferiu os transportes públicos, abdicou dos faustos oferecidos pelka residência dos arcebispos e vive num apartamento modesto.
Como vai um jesuíta agora encarar a vida de Papa?
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