Uma campa coberta com relva, no cemitério da freguesia de Nevogilde, em Vila Verde, está na origem de um diferendo que opõe uma família ao presidente da junta de freguesia.
O caso data de 2011, quando o corpo de José Ribeiro da Costa foi sepultado no cemitério.
De acordo com a filha do falecido, Carina Costa, a família tentou, na altura, comprar a campa mas “a junta não vendeu, mas deixou sepultar o corpo durante cinco anos. Disse que não vendia porque não queria vender.”
Entretanto, e porque a campa se encontra numa zona de acumulação de águas da chuva, “pedimos para a junta fazer obras, mas não quis fazer”, afirmou Carina Costa, que acrescentou: “pusemos uma pedra à volta da campa, à altura das outras, para a água não entrar. Tapamos com um tapete de relva porque é o que está na moda.”
A família do falecido terá sido notificada em Janeiro deste ano, pela junta de freguesia, para remover a pedra e a relva. Na passada sexta-feira, adiantou Carina Costa “a junta retirou a relva e a pedra, deixando apenas a terra à vista e que pod
e entrar na campa se vier chuva.” A família do morto chamou então a GNR de Vila Verde, que se deslocou ao cemitério na sexta-feira e registou a ocorrência. Segundo Carina Costa, há mais duas campas na mesma situação.
Junta contesta alterações
O ‘Correio do Minho’ tentou durante o dia de ontem, e por diversas vezes, contactar o presidente da Junta de Freguesia de Nevogilde, mas António de Abreu Nogueira, nunca atendeu o telefone. No entanto, em declarações ao Jornal ‘Terras do Homem’, o autarca referiu que nunca venderam a campa, porque apesar de Carina Costa ser natural da freguesia, nunca lá morou e por isso não venderam a campa. “Já ficou acordado há muitos anos que não venderíamos campas a quem não residisse na freguesia”, disse.
Quanto à questão da infiltração das águas da chuva, a junta garante que levantou os alicerces da campa para que deixasse de haver infiltrações e que a água passou a escorrer entre as campas. O autarca alega que a água voltou a entrar nas campas vizinhas devido à colocação das guias e do tapete de relva.
Fonte imagem/notícia © Correio do Minho por Miguel Viana
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