A capela de Santo António, em Vila Verde, esteve, ontem, a abarrotar de fiéis e devotos. Uma fé que os vilaverdenses fazem questão de perpetuar no tempo, ao santo a quem pedem bênçãos e protecção para si e para os seus animais.
“Eu sempre fiz questão de vir aqui porque tenho muita devoção ao Santo António”, confessou ao ‘Correio do Minho’ a D. Maria da Ascenção, da freguesia de Lanhas, cumprindo a tradição mais um ano, ao lado do marido. “O povo de todo o concelho tem uma grande adoração pelo Santo António e estas festas são das mais populares, principalmente porque é o advogado dos animais”, disse.
Na homilia da missa festiva, o pároco de Vila Verde, Artur Gonçalves, falou da vida do santo, nascido em Lisboa em 1195, que tendo vivido apenas 36 anos, foi canonizado um ano após a sua morte, dada a sua popularidade milagreira para o povo, que já o aclamava de santo.
O pároco apelou à comunidade para se inspirar, também, na imagem do santo que dedicou a sua vida a ajudar os mais pobres e marginalizados. “Hoje, e principalmente nos dias de grandes dificuldades que correm, temos que partilhar o que temos com os outros que estão ao nosso lado, nem que seja só a palavra”.
Pão benzido partilhado
No final da missa em honra do patrono de Vila Verde, houve, ainda, a distribuição de pães benzidos, mas a título individual. Há 42 anos que Maria dos Prazeres cumpre a promessa, em jeito de intercepção pelo filho. “Comecei a cumpri-la quando ainda estava no Brasil emigrada, na Igreja de Sto. António e há 15 anos que a cumpro aqui”.
À medida que iam saindo da capela, os devotos do santo pegavam no pão, agradecendo, tendo agora que o preservar até ao próximo ano.
Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira
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