Um cientista britânico deverá ser o pai biológico de mais de 600 crianças cujos pais fizeram tratamentos na clínica de fertilidade por si fundada nos anos 40. Duas destas crianças, agora adultos, encontraram outros 18 concebidos na clínica e 12 deles eram também filhos de Bertold Wiesner.
Wiesner - que dirigiu a Barton Clinic com a mulher, Mary Barton, entre os anos 40 e 60 - doou o seu esperma a mulheres casadas com homens inférteis pertecentes às classes média e alta, noticia hoje o jornal The Guardian.
A sua mulher destruiu mais tarde todos os registos médicos, dificultando assim às crianças que foram concebida na clínica terem acesso às suas origens.
No entanto, dois homens concebidos na Barton Clinic investigaram o caso e chegaram à conclusão que dois terços das doações feitas naqueles vinte anos são de Wiesner.
O britânico David Gollancz, um destes filhos de Wiesner, estima que este tenha feito cerca de duas dezenas doações por ano, o que dá qualquer coisa como 300 a 600 crianças no total. Gollancz descobriu a sua origem em 1965, quando tinha 12 anos, mas nunca falou do assunto com Wiesner, falecido em 1972, aos 70 anos.
Um dos seus meios-irmãos é o realizador de documentários canadiano Barry Stevens, que conduziu a investigação à Barton Clinic. Os dois conseguiram descobrir 12 dos seus irmãos biológicos.
Apesar de se sentir desconfortável com a descoberta sobre a sua origem, David Gollancz diz que também existe um lado bom. "Conhecer os meios-irmãos que consegui encontrar foi uma experiência muito enriquecedora. Mas ao mesmo tempo frustrante porque sei que existem muitos mais mundo fora que eu gostaria de conhecer. Adoraria conseguir alugar uma enorme tenda e convidá-los a todos para uma festa", disse, citado pelo The Guardian.
Wiesner e a sua Barton Clinic deverão ter ajudado mulheres a conceber cerca de 1500 bebés, conhecidos como a ninhada Barton.
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