Vila Verde: “lenços devem manter-se originais” (via Correio do Minho)

“Os Lenços de Namorados devem manter as suas mensagens codificadas, tal como os verdadeiros, os originais”. Nélson Dias, presidente da Associação Cultural, Recreativa e Musical de Aboim da Nóbrega, Vila Verde, defendeu, ontem, a tradição como valor acérrimo da cultura aboinense.

E foi precisamente a tradição dos lenços e o amor entre duas pessoas que eles representam, enviando, em código, mensagens românticas, que, ontem, esteve em análise, durante a conferência ‘A Arte e o Namorar’, na sede daquela associação - e foi mais uma das iniciativas incluídas no programa do ‘Mês do Romance’, que é promovido pela câmara de Vila Verde até ao final do Fevereiro.

“Às vezes pedem-nos para bordarmos Lenços de Namorados sua à maneira, com os seus nomes e datas, mas isso não pode ser, porque existe uma Comissão de Acompanhamento para verificar se os lenços cumprem o regulamento estabelecido, enquanto produto certificado”, apontou Nélson Dias, mostrando-se “completamente contra os Lenços de Namorados personalizados”.

Retratos muito antigos, de famílias e namoros de outros tempos, foram exibidas nesta tertúlia sobre romantismo em terras aboinenses, lado a lado, com uma exposição dos tradicionais Lenços de Namorados - que Nélson Dias reclama como “originários de Aboim da Nóbrega”.

“As fotografias antigas são sempre importantes porque nos fazem lembrar tempos passados e são, também, o melhor documento que podemos ter, quer seja de pessoas, quer seja das tradições - enquadrando-se perfeitamente bem no ‘Namorar Portugal’”.

Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira