Vila Verde: Município apresenta Orçamento e GOP para 2012 (via C.M.V.V.)



«Este é um orçamento de rigor, contenção criteriosa na despesa (ajustamento aos cortes nas transferências da Administração Central), de consolidação dos investimentos estruturantes e de lançamento de obras/projectos que se mostram claramente capazes de manter e/ou gerar dinâmicas sócio-económicas à altura de consolidar Vila Verde na primeira linha do desenvolvimento». É deste modo que o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Dr. António Vilela, classifica o documento estratégico do Município para 2012 e anos seguintes. Na projecção do próximo ano, está inscrita uma verba superior a 43 milhões de euros (43.292.115€), destinando-se a maior fatia ao objectivo da educação.

«O Orçamento do Município de Vila Verde para 2012, apesar da difícil conjuntura económica e das restrições governamentais, aponta no sentido da realização de novos investimentos estruturantes», faz questão de notar o edil vilaverdense.
Uma posição assumida a dois dias da apreciação e discussão pelo Executivo Municipal (segunda-feira, 28 de Novembro de 2012).

O documento mostra «o grande esforço que a Câmara Municipal se propõe fazer para impulsionar o desenvolvimento do concelho baseando-se numa política de rigor e de investimento em sectores de nuclear importância».

O Dr. António Vilela declara que «a estratégia do investimento assentará no máximo aproveitamento dos fundos do Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN) para a realização de obras que vão elevar o nível de qualificação, o bem-estar e a qualidade de vida dos Vilaverdenses. Com efeito, o Município não poderá desperdiçar a oportunidade de concretizar grandes projectos de desenvolvimento local com financiamentos do QREN na ordem dos 85%».

Prioridade para as ‘funções sociais’

Sendo um «orçamento de rigor», as funções sociais continuam a constituir 65% das opções de investimento. E, de um bolo total de 43.292.115€, a maior fatia destinar-se-á ao objectivo da educação.

Na verdade, o sector da educação continuará a ser o grande pilar do desenvolvimento concelhio, chamando a si mais de 35% do valor global do orçamento. Trata-se de um enorme esforço para levar por diante o processo de reorganização de rede escolar preconizada na Carta Educativa e de um investimento na formação das gerações mais novas e no apoio às respectivas famílias.

Além do avultado investimento na edificação dos centros educativos de Moure, da Vila de Prado e de Turiz, apostar-se-á também na requalificação e ampliação dos centros escolares de Soutelo, Lage e Cervães.

Aposta global

No entanto, os investimentos contemplarão também, de forma significativa, outras áreas estruturantes, como as infra-estruturas rodoviárias, com 18,48%, e a promoção da cultura, do desporto e do lazer, que representam 16,85% do investimento previsto.
Paralelamente, terá lugar a construção e requalificação de equipamentos desportivos, como os pavilhões gimnodesportivos de Cervães e da Portela do Vade, que irão estar ao serviço dos estabelecimentos de ensino e das populações.
A conclusão da construção da Casa do Conhecimento permitirá concretizar o projecto de regeneração urbana de uma zona nobre da sede do concelho e um espaço de convergência de pessoas e de tecnologias dinamizador da sociedade do conhecimento e da inovação na região.

Ao nível cultural, além da aposta na continuação dos eventos-âncora essenciais para a projecção da imagem do concelho, perspectiva-se uma forte aposta em projectos e equipamentos que constituirão uma mais-valia para a preservação, promoção, valorização e divulgação dos valores culturais locais, do património e da criação artística. Aqui destacam-se os projectos de requalificação e ampliação da Casa da Cultura, o Centro de Dinamização Artesanal perspectivado para o edifício da Aliança Artesanal, a criação do Museu Agrícola da Ribeira do Neiva e do Museu do Linho, em Marrancos.
A valorização e promoção do mundo rural, revitalizando o seu tecido económico e tornando mais competitivas as artes e os ofícios tradicionais, assim como os seus produtos, constitui também uma aposta estratégica, através de uma política assente na revitalização, qualificação, certificação, divulgação e promoção dos produtos endógenos, contribuindo para a dinamização e consolidação da actividade económica, aumentando o rendimento e a fixação da população.

Requalificação urbanística / Atracção do investimento e criação de emprego

A requalificação urbanística do Largo de S. Sebastião, na Vila de Prado, e de outras centralidades urbanas do concelho contribuirão para a requalificação funcional destes espaços nobres e revitalização da sua actividade económica, reforçando a sua atractividade.

A revitalização das zonas ribeirinhas dos rios Homem e Cávado e o apoio a projectos de formação desportiva «irão igualmente impulsionar o crescimento sustentável do território concelhio. Perspectivamos um desenvolvimento que respeita a dimensão ambiental, económica, social e cultural dos territórios e sublinhamos a importância da riqueza das suas identidades e da qualidade das suas paisagens para valorização económica dos produtos locais e fomento da atractividade turística».
«A perspectiva da melhoria das condições de vida das populações só se alcançará com a atracção do investimento e a criação do emprego», afirma o edil. «Da agro-pecuária ao turismo, dos serviços ao comércio, da instalação industrial à valorização dos recursos locais, tudo faremos para tornar o nosso território mais atractivo e, assim, dinamizar a economia de modo produzir riqueza e a gerar mais postos de trabalho».

O abastecimento de água e o alargamento da rede de infra-estruturas do saneamento básico «são importantes áreas de investimento, tendo em vista a sua relevância para a elevação da qualidade de vida das pessoas e a sustentabilidade ambiental».
No contexto económico e financeiro que se atravessa, «este é um orçamento de grande sensibilidade social. Neste âmbito, além dos apoios directos aos mais carenciados, apostamos no desenvolvimento do excelente trabalho realizado em parceria no seio da rede social, com particular destaque para as IPSS e outas instituições da sociedade civil. O banco de apoio social que estamos a implementar através da rede de lojas sociais constitui disso um óptimo exemplo».

O Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde releva ainda «o trabalho colaborativo com as Juntas de Freguesia. Esta constitui, também, uma opção estratégica na convicção de que os autarcas eleitos nas freguesias, dada a sua maior proximidade aos problemas locais, são agentes com capacidade acrescida para identificar as necessidades das populações e garantir uma resposta mais célere na resolução dos reais problemas das pessoas. Com elas continuaremos a partilhar recursos e a unir esforços com vista à concretização das obras que respondam eficazmente às expectativas e exigências das populações».

E conclui sublinhando os constrangimentos agora impostos ao Poder Local: «Alinhados com o esforço nacional de consolidação orçamental, continuaremos, pois, a apostar firmemente na sustentabilidade do Município e a trilhar o caminho de um desenvolvimento harmonioso que reforce a atractividade e ajude a alavancar a economia local».

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