A ACR de Marrancos/Rancho Folclórico, em parceria com a Junta de Freguesia local e o Município de Vila Verde/Proviver-EEM, recriou, esta tarde, mais uma tradicional Espadelada do Linho. Este ano, a iniciativa decorreu no átrio da antiga escola de Marrancos e teve como novidade uma exposição de artefactos antigos de transformação da erva em Linho, uma espécie de antevisão do futuro Museu do Linho. Esta é mais uma actividade inserida Na Rota das Colheitas, promovida pelo município de Vila Verde e pela PROVIVER EEM.
Mais de duas centenas de pessoas juntaram-se, durante a tarde, à iniciativa, que recriou – com rigor – o ciclo do linho, com as senhoras e homens trajados à época. As concertinas e a dança tradicional juntaram-se aos petiscos locais, numa Espadela do Linho que se desenrolou no ‘terrado’ da antiga escola primária de Marrancos, um edifício devoluto que será alvo de intervenção para acolher o futuro Museu do Linho, o primeiro em Portugal. Abílio Ferreira, mentor/dinamizador desta tradição e presidente da Associação Recreativa e Cultural de Marrancos, mostrou-se particularmente satisfeito com a dinâmica da acção.
Esta teve a particularidade de juntar uma exposição de artefactos de produção de linho, os mesmos que integraram a instalação presente na passada edição da Festa das Colheitas, no espaço Namorar Portugal. Estavam representados todos os instrumentos do ciclo do linho: desde o tear, à ordideira, passando pelo engenho do linho, o cortiço, o ripadouro...«todos os que sobreviveram até hoje, instrumentos reais, com muitos anos, que foram usados na transformação da planta em tecido. E tecidos de linho, é claro, de vários tipos, desde o linho mais grosseiro ao mais depurado», notou Abílio Ferreira.
Em paralelo, ouviu-se soar as concertinas concertinas, afagadas pela merenda, para alimentar o corpo e o espírito dos convivas.
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