Vila Verde: Marca Vilaverdense de vestuário distingue-se no Mundo da Moda (Via Terras do Homem)




Uma marca vilaverdense tem vindo a dar que falar, nos últimos anos, em Portugal, no mundo da comunicação, do marketing e da imagem pelo vestuário. A ID Values surgiu em 2006 como uma empresa de comunicação e marketing, pensando o vestuário de cada cliente consoante a ideia que pretende transmitir.

O vilaverdense Paulo Marques é o jovem gestor da marca e um dos mentores do projecto. Ao Terras do Homem, este empresário falou um pouco da ID Values, da sua origem e do rumo que pretende tomar. Antes de mais, o jovem empreendedor procurou situar a empresa em dois planos distintos: separando o trabalho de alfaiataria pura que é desenvolvido em Braga e a criação de colecções que são apresentadas nos grandes eventos de moda em Portugal.

“Isto que nós fazemos aqui, em Braga, é alfaiataria pura. Contudo, a marca trabalha mais com colecções que apresentamos em diversos eventos. Eu estou mais aqui por Braga, mas costumamos apresentar os nossos produtos em certames como o Portugal Fashion, Moda Lisboa. Isto ao nível da marca. Neste caso, aqui trabalhamos mais com a alfaiataria, desenvolvendo peças à medida, seguindo o conceito que o cliente pretende”, explicou Paulo Marques.

“Neste espaço de Braga trabalhamos mesmo com o cliente final, que sabe o que quer, que nos explica o conceito e recebe o produto final pensado para si. Lá fora, trabalhamos mais com vendedores de retalho, para os quais desenvolvemos verdadeiras colecções. Não deixa, no entanto, de ser uma empresa de Vila Verde que procura conquistar mercado pelo mundo fora”, acrescentou.

Quanto interrogado se, num contexto actual, em que tanto se fala de crise, continua a haver mercado para consumir este tipo de produto único e individualizado, Paulo Marques foi peremptório. “Então não há?… Há em Braga e em todo lado”, afirmou. “A maioria dos nossos clientes nem de Braga é. Estamos aqui sediados porque nos identificamos com este local da Sé e porque ao IEMinho também dá jeito que assim seja. Aliás, este negócio surge um pouco ao contrário. Nascemos porque já tínhamos clientes que nos iam pedindo este tipo de produtos”, contextualizou o empresário.

Aliás, Paulo Marques acredita que a tendência passa mesmo pelo “aumento do número de clientes” que procura peças únicas, pensadas para si e que lhe encaixe na perfeição. “Isto é mais do que um mercado de futuro, é um conceito que além de ser diferenciador e, do meu ponto de vista crescente”, analisou. “Claro que isto é virado para um segmento de mercado muito específico, que pode e gosta de vestir peças que lhe assentem bem e com tecidos diferentes. Por norma, raro é o fato feito numa confecção e que encaixe na perfeição num determinado cliente. Neste caso, nós oferecemos essa possibilidade a quem nos procura”, acrescentou gestor de marketing, garantindo que a empresa segue “um conceito inglês em que é definido que o alfaiate que começa a peça é o alfaiate que a acaba”. “Eu sempre gostei de marketing e da ideia de associar a moda ao marketing e assim surge a ID Values”, concluiu.

É aliás, neste aspecto específico que Paulo Marques encontra as razões para o sucesso alcançado. “Neste caso em concreto, acho que este produto ganha valor pela aplicação do verdadeiro conceito de empreendedorismo, de inovação. Acho que isso é o mais importante a salientar em relação à ID Values, uma vez que é uma empresa que nasce de uma ideia inovadora e que não contou com apoios nenhuns”, avalisou, lamentando a falta de incentivos, por parte de quem tantas vezes desafia a iniciativa privada. “Isto é tudo muito simples, pedem que se faça e que se empreenda, mas depois ninguém se chega à frente”, rematou.

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