Portugal: FMI, subsídio de Natal ficou de fora (Via Ag. Financeira)



Troika reuniu com UGT e abordou questões sobre o subsídio de desemprego, um dos pontos em que podem existir cortes.


O mercado de trabalho e o subsídio de desemprego foram das principais questões abordadas na reunião da UGT com a «troika». O subsídio de natal e o salário mínimo ficaram de fora, avançou o líder da central sindical, João Proença, citado pela Lusa.

«Fomos ouvidos. Houve questões que abordaram sobretudo o mercado de trabalho, a redução do défice e a gestão da administração pública. Tivemos oportunidade de dizer que o sistema de despedimento colectivo relativo a Portugal é dos mais liberais da Europa, não é utilizado por razões que interessam investigar. Abordamos a questão do despedimento individual, que para nos é fundamental manter a proibição constitucional do despedimento sem justa causa», explicou.

João Proença disse ainda que em cima da mesa estiveram várias «outras áreas ligadas ao mercado de trabalho» e ainda «questões sobre o subsídio de desemprego», tendo a UGT entregue um documento aos responsáveis do Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia, onde defendeu «a aplicação do acordo tripartido para a competitividade e emprego», que assinaram com o Governo.

Entre as preocupações da central sindical, expressas à «troika», esteve ainda o combate à economia paralela e ainda a sua visão de que a aplicação do conceito de flexisegurança dinamarquesa é muito dispendioso e não foi aplicado em mais nenhum país.

«Saio com a convicção que entrei, que estamos perante negociações muito duras, que é fundamental que o país se apresente unido nestas negociações. Estamos a negociar com instituições internacionais que vêm com um projecto extremamente duro, e diria que hoje esse projecto é duro pela via do FMI, e duro por via das instituições europeias condicionadas fortemente pelos interesses nacionais e por isso é fundamental que Portugal se apresente com uma cara unida», afirmou o responsável.

João Proença sublinhou o apelo já feito à unidade, afirmando que a central sindical espera que os partidos envolvidos nas negociações e o Governo «assumam claramente as suas responsabilidades e se possível que apresentem uma grande frente de unidade».

Propostas da troika devem chegar já para a semana

A UGT acredita que os técnicos do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional deverão apresentar as propostas para o memorando de entendimento com Portugal até final da próxima semana.

«Neste momento estão sobretudo a ouvir e a fazer questões e a procurar elaborar propostas. Eu diria que há intenção de abordar muitas questões com certeza. O que nos foi apresentado foi um calendário apertado, que até ao final da próxima semana eles apresentarão propostas tendo em vista a levar uma proposta final ao conselho do Ecofin a realizar em meados de Maio», afirmou João Proença.

Antes da UGT, a «troika» recebeu também a CGTP, que defendeu que o prazo para a correcção do défice deveria ser adiado para 2016.

Antes das centrais sindicais, tinha sido a vez do CDS e do
PSD. O partido de Paulo Portas pediu a suspensão de obras públicas, enquanto o de Passos Coelho, que não falou à saída da reunião, deverá ter pedido tectos para as pensões.

Esta quarta-feira é a vez do frente a frente com os patrões.

1 comentários:

Anónimo disse...

QUE TIREM OS SUBSÍDIOS A QUEM GANHAM MAIS DE 15OO€ MENSAIS, AOS JUIZES, AOS GOVERNANTES E DEPUTADOS E A TODOS AQUELES INCLUSIVE GOVERNANTES QUE JÁ ESTÃO A USUFRUIR DE 2,3 E 4 REFORMAS, AOS GRANDES ADMINISTRADORES QUER PÚBLICOS QUER PRIVADOS, AOS FUTOBOLISTAS QUE GANHAM MILHÕES ASSIM COMO AOS ADMINISTRADORES DAS "SAD" DESPORTIVAS,INCLUINDO TREINADORES E MUITO MAIS HAVERÁ A QUEM PODERÃO TIRAR. NÓS JÁ ESTAMOS FARTOS DE PAGAR AS ASNEIRAS QUE OS OUTROS FIZEREM, JÁ NÃO HÁ CINTO QUE AGUENTE COM TANTOS FUROS.