Vila de Prado
A direção do Plano Operacional Regional do Norte (ON 2) anunciou hoje a abertura de concursos no valor 27 milhões de euros, no âmbito do turismo e atividades do mar, para abranger municípios de toda a região do Minho.
Do investimento total anunciado, 22 milhões de euros serão de fundos comunitários e a abertura de convites para candidaturas será feita já na quarta-feira para decorrer até setembro.
“Vamos procurar, através dos nossos ativos e destes recursos tão característicos da região, criar valor económico com estes projetos, em concreto na área do turismo”, explicou Mário Rui Silva, gestor do ON 2, à margem da apresentação dos projetos, hoje, em Ponte de Lima.
O “grosso” desta comparticipação, cerca de 14 milhões de euros, está reservada para o designado “cluster da economia do mar” e abrange os municípios de Viana do Castelo, Caminha e Esposende, com nove projetos-âncora já definidos.
Para estes dois últimos municípios estão previstas duas marinas atlânticas, enquanto que em Viana do Castelo serão implementados um centro de mar dedicado às atividades empresarias e turísticas, um centro náutico de apoio à vela e ao remo, e a remodelação de uma marina.
“É um domínio onde já temos vários projetos em execução. Faltava esta componente, para o Alto Minho, que será em torno da náutica de recreio”, explicou Mário Rui Silva.
Já através do consórcio Minho IN, que congrega as Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, do Ave, e do Cávado, abrem quarta-feira, também, convites para mais oito milhões de euros de investimento nas áreas da gastronomia, turismo, saúde e bem-estar ou artes e ofícios tradicionais.
“Estamos a falar da valorização das tradições locais, dos recursos naturais, do ambiente, da gastronomia e do vinho. Sempre numa ótica de criar valor acrescentado”, explicou o gestor do ON 2.
Este novo quadro de financiamento, previsto ao abrigo do programa de financiamento Provere Minho In, contempla investimentos em municípios como Barcelos, Póvoa de Lanhoso, Vila Verde, Amares, Ponte de Lima, Taipas, Terras de Bouro e Melgaço, entre outros.
Entretanto, foram assinados hoje os primeiros contratos de financiamento de projetos do Provere Minho In, no total de 600 mil euros, vocacionados para o enoturismo e para a “nova gastronomia” e produtos locais na restauração.
Rui Solheiro, presidente da CIM Alto Minho, que lidera o consórcio Minho IN, admitiu tratar-se de um dia “que abre boas perspetivas para o futuro”, em termos de investimento na promoção da região.
“Somos uma referência em termos turísticos. Agora temos de aproveitar esta segunda leva de investimentos que por exemplo vai permitir recuperar espaços termais até aqui abandonados”, sublinhou.
Estes dois projetos resultam do primeiro concurso promovido pelo Minho IN, de um total de mais de 92 candidatados, dos quais 61 já foram aprovados e que representam 27 milhões de euros de investimento.
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