
A Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) está a desenvolver um protocolo de parceria com alguns países africanos de língua oficial portuguesa, para o acolhimento de alunos oriundos dessas nações que pretendam vir estudar para Portugal, adquirindo alguns conhecimentos sobre o desenvolvimento do ensino profissional. Ao todo, entre os pólos de Amares e Vila Verde, são perto de 30 os alunos que frequentam os diversos cursos disponibilizados pela EPATV.
Comentando a origem desta parceria entre a Escola e a Fundação Portugal-África, o director-geral da EPATV salienta a “privilegiada ligação cultural e histórica com estes países dos Palop´s, o que torna lógico que se mantenha uma postura de cooperação com estas comunidades emergentes de cariz económico, social e cultural em crescimento e que procuram qualificar os seus recursos para poderem desenvolver potenciais endógenos que possuem”.
“Muitos destes países são muito ricos em termos de recursos naturais, mas o seu índice de desenvolvimento humano ainda é muito baixo, o que os torna países subdesenvolvidos”, analisou João Luís Nogueira.
Assim, desde 2009 tem sido desenvolvido este protocolo com a Fundação Portugal-África, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e o Ministério da Educação e Cultura de Moçambique, bem como outros acordos de cooperação com diferentes municípios de S.Tomé, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Nesse âmbito já existiram, inclusive, visitas bilaterais para formalização destes protocolos.
“Granjeando a excelente credibilidade que a EPATV tem junto da DREN, Ministério da Educação, POPH, foi-nos reconhecida uma formação de qualidade, sobretudo na integração dos jovens no mercado de emprego, tendo-nos sido solicitado, em 2009, pela DREN a parceria para este tipo de protocolos com os PALOP´s. Outros contactos foram efectuados através das embaixadas, sobretudo com S. Tomé e Cabo Verde, no sentido de cooperação no desenvolvimento da formação profissional, com diversas autarquias destes países africanos”, contextualizou o responsável da EPATV.
Através destes protocolos é garantida a abertura de vagas destinadas exclusivamente a bolseiros dos PALOP´s. De referir também que, além de alunos, a Escola Profissional Amar Terra Verde, já teve em formação professores oriundos destes países.
Nesta parceria estão implícitos objectivos de curto prazo – correspondentes a um ciclo de formação de dois ou três anos –, que são os que verificam presentemente, ou seja, “preparar e qualificar profissionalmente, jovens dos PALOP´s, tornando-os técnicos intermédios ou altamente qualificados com formação complementar, bem como promover e expandir a língua portuguesa como factor de desenvolvimento e de combate à pobreza”. Contudo, também já foram abordados objectivos de médio e longo prazo, que passarão pelo “apoio da EPATV na implementação de um Centro de Formação Profissional nos países africanos, de acordo com a especificidade e potencial de cada um”.
Os alunos são recebidos e orientados pela Escola, a quem compete, no fundo, organizar a vida destes estudantes, nos vários domínios do quotidiano, quer seja em termos de habitação, alimentação ou educação.
Nos contactos prévios estabelecidos para a elaboração do protocolo, foram determinadas as disponibilidades das vagas, sempre articuladas com o interesse vocacional manifestado pelo aluno que corresponde, depois, ao curso a integrar pelo mesmo. Fonte Jornal Terras do Homem
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