Mundo: Colombianos ameaçam suícidio colectivo se não lhes pagarem indemnizações

Há 30 anos à espera dos seus direitos laborais, ex-trabalhadores de companhia área colombiana estão dispostos a morrer se nada for feito para resolver situação

Os ex-trabalhadores da companhia colombiana Aerocóndor, encerrada há 30 anos na sequência de problemas financeiros, estão dispostos a morrer num suicídio colectivo. Tudo por causa do não pagamento das obrigações laborais, que tardam em chegar já há três décadas.

«Este suicídio não é um acto simbólico, este suicídio é um acto real», afirmou o porta-voz sindical Víctor Hugo Prada, citado pela agência Efe.

A via do possível suicídio foi discutida e aprovada durante uma assembleia extraordinária de filiados do antigo sindicato da empresa. O encontro foi realizado «nas últimas horas» e reuniu dezenas de ex-trabalhadores em Barranquilla.

Ainda sem data definida para o suicídio colectivo, a decisão chegará em breve. O mesmo responsável explicou à rádio RCN en Barranquilla que ele e os companheiros se propõem demonstrar à comunidade internacional que há violações dos direitos dos trabalhadores na Colômbia.

A companhia Aerovías Cóndor de Colômbia (Aerocóndor) foi fundada em 1955. Acabou por suspender operações na sequência de graves problemas financeiros em meados dos anos 1980, tendo entrado em processo de liquidação por ordem do Governo daquela altura.

A comissão liquidatária e o sindicato nacional dos trabalhadores da companhia nunca chegaram a acordo sobre as obrigações laborais da Aerocóndor com o pessoal, constituído por mais de 1.300 pessoas.

E desde que fechou portas, já morreram cerca de 200 ex-funcionários. Muitos deles perderam as casas que tinham por não terem dinheiro para pagar as hipotecas. A solução foi mudarem-se para zonas rurais da região, onde vivem quase na miséria, adiantou o mesmo sindicalista.

Fonte Site Agência Financeira
Fonte imagem por © Orlando Almeida