Vila Verde: República sim, mas próxima



O Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde defendeu ontem «o fim do centralismo e o avanço para uma governação de maior proximidade», ao falar na sessão solene do Centenário da República. António Vilela mostrou-se preocupado com a contínua “inclinação do país para o litoral. O interior caminha irremediavelmente para a desertificação», ao passo que o Presidente da Assembleia Municipal saudou as conquistas da República e os passos «ainda não conquistados».

A Fanfarra dos Bombeiros de Vila Verde e Banda de Música abriram os actos oficiais, a preceder a cerimónia do hastear das bandeiras Nacional, da Europa e do Concelho.
O Coro da Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa deu o mote para a participação do Grupo de Teatro Sempremcena, da Escola Secundária de Vila Verde, que recriou a Proclamação da República.

«Há cem anos, a grande preocupação era encontrar o antídoto eficaz para fazer face a uma elevada taxa de analfabetismo que ascendia a 75%; hoje, todos sabemos quão importante é qualificar as pessoas para conseguirmos atingir patamares de produtividade próximos dos países mais desenvolvidos da Europa», assinalou o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, no seu discurso evocativo do Centenário República.

António Vilela acredita que o poder “deve estar onde está o povo e um dos caminhos que importa percorrer é o fim do centralismo e o avanço para uma governação de maior proximidade. Em vez de nos tirarem serviços, era importante que nos dessem efectiva autonomia e mais meios que, aliados ao maior conhecimento da realidade local, trariam ganhos a todos os níveis».

O Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde foi claro quanto ao papel que as autarquias poderão ter na mudança de orientação: «não tenhamos dúvidas de que nenhuma outra instância do poder consegue realizar tanto com tão poucos meios como as autarquias. Em vez de nos tirarem serviços, era importante que nos dessem efectiva autonomia e mais meios que, aliados ao maior conhecimento da realidade local, trariam ganhos a todos os níveis».

O Prof. Doutor Aurélio Oliveira, da Faculdade de Letras do Porto, assinalou os traços históricos da implantação da República em Vila Verde.
As escolas, as associações, as autarquias e a sociedade civil em geral não esqueceram um momento tão marcante da história e fizeram crer aos ausentes que «a palavra República só faz sentido se rimar com democracia, liberdade, igualdade, participação e justiça social». Fonte Correio do Minho

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