Escariz S. Mamede: Angaria verbas para arranjos na igreja


Uma acção de venda de gado e hortaliças, produtos de gastronomia e artesanato, animada por folclore local teve lugar ontem em Escariz S. Mamede, uma freguesia do limite ocidental de Vila Verde.

O produto da venda reverte para a concretização de um projecto de arranjo da zona envolvente à igreja.

A iniciativa, que beneficiou da tarde soalheira, atraiu centenas de visitantes, notando-se, entre outros, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes e Manuel Barros, o presidente da empresa municipal Proviver, que integrou esta iniciativa no seu programa ‘Na Rota das Colheitas’, sob o signo “Sabores da Terra”.

Arranjo vai custar de 80 mil euros

O presidente da Junta de Freguesia de Escariz S. Mamede, Adelino Machado, adiantou ao Correio do Minho que o projecto de arranjo para a zona envolvente à igreja tem um custo previsto na ordem dos 80 mil euros.

Mas vincou que o primeiro objectivo da iniciativa era mesmo a promoção dos produtos da terra locais, agradecendo no entanto as ofertas de géneros — uma empresa de produção animal ofereceu bois — para fazer reverter o produto a favor das obras, que contemplam a recuperação e arranjo urbanístico da envolvente à igreja, incluindo arranjo do estacionamento.

O padre Sandro, pároco da freguesia, em declarações ao ‘CM’ reconheceu que, sob o ponto de vista pastoral, esta acção veio constituir mais um “factor de unidade, pois toda a gente da paróquia está a aderir a esta causa”.

Folclore, gado, hortaliças e castanhas assadas

Junto ao adro da igreja, havia dezenas de tendas com produtos frescos das hortas, roupas confeccionadas artesanalmente, castanhas assadas e animais vivos — bois, ovelhas e aves de capoeira.
A iniciativa contou ainda com o envolvimento do Rancho Folclórico ‘As Lavradeiras de Escariz’, que animou um palco ao qual subiram artistas amadores da região, para actuar, uns em grupo, outros a solo, e sempre animadas.
Não faltaram mesmo no terreiro pares a dançar o vira e o malhão.

Presidente da Câmara pisou uvas numa quinta em Valões

O presidente da Câmara de Vila verde, a vereadora Júlia Fernandes, o eurodeputado José Manuel Fernandes, o presidente da Assembleia Municipal, João Lobo e o presidente da Proviver, EM, Manuel Barros, foram alguns dos participantes numa pisada de uvas que teve lugar na freguesia de Valões.

Na Quinta dos Outeirinhos, a animação teve o mote com a chegada das rusgas, com concertinas, cantares de ‘Valões, terra do norte de Vila Verde’ e os cestos de uvas trazidos pelas mulheres que os despejaram no lagar. Ao som da música e do compasso das palmas dos convivas, os homens preparam-se então para a pisada.

Tiraram as calças e calçado e foram lavados com a água quente, aquecida no fogão a lenha, que as mulheres trouxeram para desinfectar os pés e pernas. Entre os populares que se alinharam para a pisada e o anfitrião José Cação, presidente da Junta de Freguesia local, juntaram-se também o presidente da Câmara de Vila Verde e o eurodeputado.

António Vilela, José Manuel Fernandes e os restantes homens pisaram, alinhados, as uvas no lagar, com o entusiasmo estampado nos rostos e animados pela música das concertinas.
A meio, as mulheres trouxeram vinho novo em malgas de quase meio litro e pastéis para dar força ao trabalho. No final, repetiu-se o ritual do lava-pés para tirar o ‘cagaço’ das uvas.

A festa prosseguiu na eira da quinta, com música, magusto improvisado e um repasto onde não faltou carne de porco assada ao vivo, broa caseira, vinho novo e presunto entre outros petiscos.
Fizeram-se rodas, dançou-se o folclore, ‘pintaram-se’ faces com os restos da fuligem do magusto. José Manuel Fernandes ‘matou’ saudades da concertina e juntou-se a tocar aos restantes tocadores.

Esta pisada ficou registada como pontos alto da programação ‘Na Rota das Colheitas’. Além da genuinidade da recriação, conseguiu atrair visitantes de várias paragens do Minho, ‘saudosos’ destas práticas’ e envolver personalidades distintas do concelho.
‘Na Rota das Colheitas’ é uma iniciativa do Município de Vila Verde, dinamizada pela Proviver, com a envolvência directa das Juntas de Freguesia e associações culturais e sociais do concelho. Fonte Correio do Minho por Rui Serapicos

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