Soutelo: Adere-Minho, vinte anos sempre a crescer



No dia em que completou 20 anos de actividade a Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho (Adere-Minho) recebeu um Lenço de Namorados do Minho inovador oferecido pela artesã Camila Silva, que se inspirou na “simplicidade, elegância e sobriedade” para bordar a peça. “O lenço simboliza os caminhos da Adere-Minho, feito de encruzilhadas”, salientou a artesã que acrescentou duas letras às iniciais da Adere-Minho para construir a palavra ‘Amor’ - símbolo dos lenços de namorados.

A associação de desenvolvimento regional pretende continuar a lutar pelo Instituto de Desenvolvimento do Artesanato do Minho - “a bandeira do futuro que queremos conquistar”, disse aos jornalistas o presidente da Adere-Minho.

O objectivo é que o “instituto seja guardião da defesa da cultura popular, da arte e ofícios tradicionais da região e do artesanato e que, de algum modo, possa representar as micro-empresas e a capacidade individual de fazer arte, de fazer micro-empresas e de fazer da região um ponto de ligação muito atractivo ao turismo”, destacou Abílio Vilaça.

O futuro da Adere-Minho passa também pela abertura de “novas frentes de trabalho e relacionamento com as autarquias locais para domínios mais interessantes onde possamos atrair as novas tecnologias para dentro do artesanato”, acrescentou o presidente da associação.

Fazer do artesanato uma “referência e uma bandeira de apoio e suporte ao desenvolvimento do turismo na nossa região e no nosso país” são também pretensão da Adere-Minho, que continuará a apostar na qualificação e na certificação, “abrindo um novo caminho à comercialização”, onde será necessário “o apoio dos municípios que têm vindo a compreender os nossos projectos”, frisou Abílio Vilaça.

Aproximação à Galiza

E finalizou: “queremos uma aproximação mais forte às associações de desenvolvimento regional da Galiza e estudar com eles medidas conjuntas que nos ajudem a reforçar a euro-região e as multiculturas”.
Na ocasião, a directora-geral da Adere-Minho, Teresa Costa, elogiou “a estrutura física e a equipa” da associação. E afirmou: “esta casa é não só uma instituição onde se trabalha, mas onde se colabora como em família porque passamos aqui 8/9 horas por dia uns com os outros”.
“Todo o projecto da Adere-Minho tem sido pensado de acordo com as necessidades que nós vamos sentindo ao longos dos anos e a certificação foi um passo muito importante que a Adere-Minho deu há oito anos atrás”, acrescentou.

Artesãs do Minho dão a conhecer projectos pioneiros

Camila Silva, de Vila Verde, em representação dos Lenços de Namorados do Minho e Conceição Sapateiro, artesã de Figurado de Barcelos, participam no próximo dia 20 num seminário que decorre no Centro de Congressos em Lisboa.
As artesãs vão apresentar os seus projectos em Lisboa, “como exemplo das boas práticas no fomento do empreendedorismo no feminino”, explicou aos jornalistas o presidente da Adere-Minho.

Segundo Abílio Vilaça, “tratam-se de empresas e projectos dirigidos por mulheres, com grande sucesso, que assumiram a certificação”, e que terão a oportunidade de expor as suas ideias e trabalho, em Lisboa. “Queremos ter um papel mais activo no fomento do empreendedorismo na região, na medida em que a nossa região está a precisar da renovação do tecido empresarial e nós aqui podemos ter um forte contributo ao nível das artes e ofícios tradicionais”, referiu, lembrando que a Adere-Minho “continuou a fomentar o empreendedorismo no feminino e apoiou projectos de apoio às vítimas, mantendo aberto um gabinete de apoio”

A Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho apostou, ainda, em projectos de formação e de qualificação de recursos humanos, tendo também ajudado a criar outras associações e cooperativas. Fonte Correio do Minho por Vera Batista Martins

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