Vila Verde: Sá de Miranda foi mote para Feira Quinhentista



Mais pareceu um ‘regresso ao passado’ ao período renascentista aquele que ontem se viveu em Vila Verde, com a realização de uma missa de época na igreja matriz de manhã e de uma feira quinhentista à tarde, atraindo várias centenas de pessoas ao centro da vila.

Mas tudo, afinal, não passou de uma recriação histórica, dinamizada pela autarquia vilaverdense, em parceria com a ‘Proviver’ e agrupamentos de escolas do concelho, para fazer jus ao poeta Sá de Miranda - cuja presença marcou passagem por terras vilaverdenses ao longo de mais de 20 anos.

As crianças das escolas foram, todavia, os grandes protagonistas da recriação, onde não faltou um cortejo, com música e danças palacianas da corte, composto por uma série de figuras de época como os falcoeiros, o encantador de serpentes, os cavalos, os jograis e bobos e, claro, os jogos populares, doçarias e ervas aromáticas, além de uma taberna de ‘comes e bebes’.

Corte, jograis e bobos animaram vila à tarde

António Vilela, presidente da Câmara de Vila Verde, desta vez não se trajou à época e foi mesmo a vereadora Júlia Rodrigues que o fez, integrando o cortejo histórico que percorreu as principais artérias da vila.

O autarca faz, todavia, um ba-lanço positivo das várias actividades que foram sendo promovidas ao longo de toda a semana, de forma a assinalar a importância que tem para o município o escritor Sá de Miranda.

“Esta iniciativa foi um sucesso particularmente porque envolveu as escolas que foram desenvolvendo as iniciativas no seio escolar e esta foi, também, uma forma prática de terem um contacto mais próximo com Sá de Miranda, tal como a população pode fazer através deste cortejo histórico, tendo assim a oportunidade de entender melhor quem foi o escritor renascentista e perceber que ele passou por cá”, sublinhou António Vilela.

“Esta é, também, uma forma de valorizar um poeta que estava esquecido e que tem uma obra do renascimento muito preciosa”, apontou.
Mas não só. António Vilela destacou, ainda, a publicação de um Boletim Cultural dedicado a Sá de Miranda, ressalvando que “este é o único documento publicado exclusivamente sobre o autor”. Fonte Notícia/Imagem Correio do Minho por Marta Caldeira

0 comentários: