
O Grupo Folclórico de Vila Verde celebra esta semana 50 anos de organização do Festival Folclórico de Santo António, actualmente designado por Festival Folclórico Luso-Espanhol, um evento que acontece no próximo sábado, dia de feriado municipal.
Depois de ter comemorado em 2008 as Bodas de Ouro, o grupo prepara-se agora para mais uma edição do Festival Luso-Espanhol que conta com a participação de sete grupos de comprovada qualidade e autenticidade, todos eles inscritos na Federação do Folclore Português.
A Praça de Santo António acolhe assim, a partir das 21.30 horas, o Grupo Folclórico ‘As Lavadeiras da Meadela’ (Viana do Castelo), o Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses (Arouca), o Rancho Etnográfico ‘Morenitas de Alva’ (Castro Daire), o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Nazaré (Nazaré), a Agrupación Folclorica ‘Os Berberechiños’ Ateneo de Combarro (Pontevedra - Espanha), o Grupo de Jotas ‘Vigen de la Peña’ (Saragoça - Espanha) e o anfitrião, o Grupo Folclórico de Vila Verde.
O festival que até 1959 era considerado regional, passou a assumir a designação de nacional a partir de 1980.
Em 1986, integrando participantes da Galiza, o festival passou a ser Luso-Galaico e em 1992 Luso-Espanhol porque passou a incluir grupos de outras regiões espanholas.
Composto por cerca de 45 elementos, o Grupo Folclórico de Vila Verde orgulha-se de ter no seu seio um conjunto de jovens, sobretudo raparigas, que têm ajudado a escrever a história do folclore em Vila Verde. Por isso, Mário Rodrigues considera que “a imagem de marca do grupo são as mulheres e o seu bem trajar”.
“Nós somos os pioneiros no uso dos lenços dos namorados no traje”, garantiu o mesmo responsável, lembrando que “hoje é muito difícil encontrar materiais para se fazerem os trajes”.
“O grupo de Vila Verde é considerado um dos mais jovens do país, uma vez que 80 por cento dos elementos tem menos de 30 anos”, disse ao ‘Correio do Minho’ Manuel Rodrigues, também membro da direcção.
O elemento mais novo do grupo folclórico tem 14 anos e o mais velho 70 anos.
Contudo, a direcção assegura que “ainda há muitos tabus em aderir à dança, nomeadamente por parte dos rapazes”.
“Há 30 anos houve uma remodelação total da indumentária, tendo sido feita uma recolha dos trajes femininos”, contou Manuel Rodrigues, “a alma do folclore de Vila Verde”, considerou o presidente em exercício da Assembleia-geral.
O grupo folclórico é anualmente apoiado pela câmara de Vila Verde, que atribui também ao grupo um subsídio para a realização do Festival Folclórico Luso-Espanhol.
Neste momento o grupo tem 100 sócios, sendo ainda apoiado pelo INATEL. Fonte Correio do Minho por Vera Batista Martins
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