A Associação Nacional de Vigilantes quer criar uma escola prática, com treinos em alguns aspectos semelhantes aos das polícias. O presidente fala de um acréscimo de solicitações devido ao aumento da criminalidade.
Rui Silva, que, ontem, convocou uma conferência de Imprensa em Braga, quer profissionais mais bem preparados para responder a desafios cada vez mais exigentes. Com pouco mais de um ano, a estrutura associativa vai apresentar brevemente ao Ministério da Administração Interna, Direcção Nacional da PSP, entre outras entidades, um plano para a construção de um espaço de formação destinado aos que querem ingressar na carreira ou simplesmente reciclar conhecimentos.
Socorrismo, combate a incêndios, defesa pessoal e uso de armas não letais, como as pressões de ar (ou por esferas plásticas) e ainda manuseamento de armas eléctricas, constam entre o plano de aprendizagem. O local de instalação está a ser pensado para a região Norte, e vão ser feitos contactos com as autarquias de Braga, Vila Verde, Famalicão e algumas do Grande Porto. A associação quer obra no terreno já em 2009.
O responsável, que representa, para já, 600 associados num universo de 39 mil vigilantes credenciados a nível nacional, aborda questões actuais, que considera prementes, entre as quais a necessidade de alterar a legislação para que os seguranças privados possam vir a fazer patrulhamento de ruas, embora em moldes mais circunscritos do que os agentes policiais.
"Não vamos patrulhar uma Avenida da Liberdade, por exemplo. Mas podemos ser chamados a uma rua mais pequena, por motivos específicos", esclarece. Embora recuse o termo "polícia privada", o responsável não nega que as exigências actuais, com um acréscimo de pedidos de segurança privada, obrigam a uma preparação séria destes profissionais, obrigados por lei a prestar auxílio à polícia, sempre que esta o venha a requerer. A ANV quer, de resto, que todos os vigilantes usem uma farda única.
Sobre o projecto "Abastecimento Seguro", Rui Silva faz um alerta: "Caso o Governo venha a recorrer a meios humanos, e não só técnicos, é necessário que os seguranças tenham formação adequada e possam usar uma arma de defesa não letal". Fonte JN por Denisa Sousa
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