Com o aproximar do Verão, a Junta de Merelim S. Paio pede a requalificação da Ponte de Prado, que liga os concelhos de Braga e Vila Verde.
A Junta de Freguesia de Merelim S.Paio solicitou já às autoridades competentes uma maior atenção quanto à conservação da Ponte de Prado, que liga aquela freguesia bracarense à Vila de Prado, no concelho de Vila Verde.
João Manuel Ferraz, presidente da Junta de Merelim S. Paio, sustenta que “apesar de algumas melhorias que em tempos se pretenderam implementar – nomeadamente através de um embelezamento da ponte, trabalhos de que foi encarregada a Câmara de Vila Verde, verificou-se que essa solução não vingou e o facto é que o estado de degradação se manteve por vários meses”.
Com a aproximação da chamada época balnear, o executivo de Merelim S. Paio considera que tudo o que puder ser feito com vista a proporcionar a todos os veraneantes boas condições de lazer deve ter prioridade e, no caso vertente, João Manuel Ferraz frisa que “a Ponte de Prado não pode ficar de fora desta conjuntura”.
Iluminação condigna
Uma das solicitações já concretizadas pela Junta de Merelim S. Paio foi “uma iluminação condigna e adequada à idade secular da ponte, conferindo a imprescindível dignidade a este monumento nacional”.
Recorde-se que a freguesia de Merelim S. Paio mantém, na margem do rio Cávado, uma das mais concorridas e apetrechadas zonas de lazer, onde aliás ainda recentemente foram introduzidas diversas melhorias.
“Apesar de ser comummente chamada Ponte de Prado, esta via que vem pelo menos do tempo da ocupação romana tem também uma parte em território de Merelim S. Paio, mesmo devendo ter-se em atenção que se trata de um monumento nacional”, explica João Manuel Ferraz.
Uma ponte herdada da época romana que ainda é usada
A Ponte de Prado vem da época romana, provavelmente uma ponte integrada na via romana que ligava Bracara Augusta a Asturica Augusta, passando por Ponte de Lima e Tui.
O arcebispo D. Paio Mendes doou bens ao hospital que a Ordem do Templo tinha em Braga com a condição de dois terços dos frutos serem para a construção desta ponte.
Em 1510 uma grande cheia demoliu a ponte e terá sido ainda neste século que se deu a reconstrução.
Trata-se de uma ponte de tabuleiro em cavalete, pouco pronunciado, assente sobre nove arcos de volta perfeita, de tamanho crescente no sentido do seu centro, e os três maiores ligeiramente apontados, em cantaria, com pegões cegos e oito possantes talhamares, de forma triangular, reforçados a jusante por outros tantos talhantes de forma poligonal. O talhante colocado à esquerda do arco central eleva-se até ao nível do pavimento da ponte formando um recanto rectangular onde se edificaram, em posição frontal, duas estruturas, comemorativas da construção de obra, em forma de banco com espaldar, sendo o centro preenchido com um brasão, o do lado sul com as armas dos Condes de Prado e o do lado norte com as armas reais.
O pavimento é constituído por blocos paralelepipédicos, delimitado por passeios lajeados, assentes sobre mísulas, que permitem a passagem de peões e guardas em ferro forjado, ritmadas por pilares em pedra, nos encontros. Fonte Correio do Minho
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