Vila Verde: Empresa municipal PROVIVER traça rumos de desenvolvimento



Um dia depois de se ter despedido das funções de director do IPCA, Manuel Barros foi, ontem, oficialmente empossado presidente do Conselho de Administração da primeira empresa municipal de Vila Verde. A PROVIVER fará a gestão de espaços e actividades nas áreas de Turismo, Cultura, Desporto e Lazer.


Manuel Dias Barros, ex-director da Escola Superior de Gestão e ex-vogal da Comissão Instaladora do IPCA, foi oficialmente empossado presidente do Conselho de Administração da primeira empresa municipal, PROVIVER-Empresa Municipal de Desporto, Lazer, Turismo, Educação e Cultura de Vila Verde. O Município de Vila Verde “escolheu o melhor vilaverdense para gerir um organismo que vai constituir-se uma mais-valia para prosseguir o desenvolvimento traçado para o concelho”, admitiu o presidente da autarquia, José Manuel Fernandes, mostrando-se confiante no sucesso da primeira empresa municipal.
No discurso de tomada de posse, Manuel Dias Barros não escondeu algum “nervosismo”, apesar de habituado a estas andanças. “Estou no nervoso porque é a primeira vez que exerço funções profissionais no meu concelho”, justificou.

Um dia depois de se ter despedido das funções de director do IPCA, Manuel Barros, que também já foi presidente da delegação de Braga do Instituto Português da Juventude (IPJ) e do Centro de Formação Profissional de Mazagão – fez notar que a PROVIVER é uma empresa “com uma área de intervenção, ou melhor, um ‘core business’, muito vasto e sem tradição ao nível do tratamento em contexto empresarial, dado o seu perfil marcadamente social e político”. Manuel Barros apontou como grande objectivo “a introdução de racionalidade nesta dimensão económica”, sublinhando a necessidade de apostar numa “nova cultura organizacional”. Para isso, o novo presidente traçou dois objectivos fundamentais: a capacidade de trabalho em equipa dos seus futuros colaboradores e a promoção da capacidade competitiva do concelho de Vila Verde.

No Conselho de Administração, Manuel Barros vai ter o apoio dos vereadores Rui Silva e António Vilela, considerando fundamental dar “consequência às grandes opções estratégicas e políticas da Câmara Municipal, assumindo um papel de catalizador de capacidade de iniciativa privada, de inovação e desenvolvimento; potenciando o aumento da produtividade de todos os seus parceiros do tecido empresarial local e regional (de forma a aquecer o mercado de trabalho; juntando a sua dinâmica à experiência das economias sociais do concelho (IPSS´s); aproximando a sua intervenção às Juntas de Freguesia, sem se distanciar da sua missão empresarial; promovendo sinergias de qualificação e formação de recursos humanos; cooperando com as escolas e instituições do Ensino Superior Politécnico e Universitário da Região; e consolidando os eventos e os projectos âncora do Plano de Desenvolvimento Estratégico do concelho”.

Perante este cenário, Manuel Barros referiu que terá uma “visão ambiciosa, mas muito pragmática, cautelosa e sustentada em dois princípios fundamentais: cumprir a sustentação financeira, desonerar o orçamento municipal e potenciar o profissionalismo dos funcionários municipais que reunirem condições e estiverem dispostos a assumir connosco esse desafio”.
E foi mais longe: “A empresa não vai, nem pode criar empregos. Queremos potenciar a sua criação, incentivando a atitude empreendedora dos vilaverdenses, dinamizando oportunidades de negócio para as actuais empresas que se enquadram nesta missão e para os futuros empreendedores”.

José Manuel Fernandes começou por destacar a escolha do presidente do Conselho de Administração. “Escolhemos o melhor vilaverdense para gerir um organismo que vai constituir-se uma mais-valia para prosseguir o desenvolvimento traçado para o concelho”, salientou o autarca, referindo-se aos espaços desportivos, culturais e educativos, que serão geridos pela PROVIVER – EM, e assinalando que o objectivo passa por “torná-los espaços de excelência”. Manuel Barros acentuou mesmo que “existem espaços que precisam de remodelação”.
O presidente da autarquia fez também questão de referir que “existem outros projectos que queremos desenvolver com o apoio do próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)”.



Empresa vai gerir espaços e actividades


A PROVIVER - EM fará a gestão de espaços e actividades nas áreas de Turismo, Cultura, Desporto e Lazer.
A PROVIVER - EM vai ter por missão principal a gestão de equipamentos públicos municipais, nomeadamente culturais, desportivos e educativos, bem como a promoção e organização de eventos desportivos, recreativos, educativos, de lazer e culturais, podendo o seu objecto alargar-se à realização de acções de formação e qualificação e/ou especialização profissional.
A criação da Empresa Municipal de Vila Verde obedece à Lei nº 58/98, de 18 de Agosto. Partindo dessa base legal, o Município de Vila Verde promoveu, nos últimos meses, a elaboração de um estudo económico-financeiro que sustenta a viabilidade de uma estrutura de cariz empresarial que venha a congregar um conjunto de actividades cuja responsabilidade, até ao momento, em termos da sua execução física e financeira pertence ao Município. “Para além de estar legalmente salvaguardada a ocorrência de alguns riscos no plano financeiro, estas empresas possuem uma elevada elasticidade organizativa, possibilitando a concretização de mecanismos de funcionamento empresarial, através do estabelecimento de fórmulas de gestão e de organização eficientes e flexíveis”, assinalou o presidente da Câmara Municipal, José Manuel Fernandes. Fonte Correio do Minho por Patrícia Sousa

2 comentários:

Anónimo disse...

A blogosfera é um mundo que partilhamos com objectivos marcados e sólidos, e que nos entra pela casa dentro.Neste blogue entro para a sala como convidado bem recebido e assisto, satisfeito e prazenteiro ao quanto de bom e belo se faz, sobretudo aqui, onde tudo é agradável. Ao despedi-me satisfeito desejo bom fim-de-semana.

Anónimo disse...

A figura da Empresa Municipal é ambígua. Permite ao Estado ultrapassar as funções do Estado disfarçando-se de privado, mas se o lucro falha, vem o dinheiro dos contribuintes colmatar a brecha, o que não só é questionável como afugenta a iniciativa privada e, logo, o desenvolvimento local. Os Municípios deveriam oferecer informação, condições, benefícios fiscais, etc. às empresas - isso sim é a forma de os poderes públicos estimularem determinadas áreas de actividade. E se há questões sociais, então que financie pessoas necessitadas. Agora, mais esta extensão do Leviatã... eis algo de muito questionável e mais uma prancha para as pequenas elites locais que vivem à custa de conhecimentos e da coisa pública e não das suas capacidades e qualidades reais que a disponibilidade dos dinheiros públicos acaba por nunca permitir pôr à prova.
Incurável economia de Estado...