Vieira do Minho: Bombas Artesanais em casa abandonada


Engenhos explosivos artesanais e diverso material de propaganda fazem parte dos artigos apreendidos pelas autoridades numa antiga casa de guarda florestal, na Mata de Turio, Cantelães, em Vieira do Minho. O que mais despertou a atenção dos investigadores foram alguns autocolantes referentes ao movimento Resistência Galega.

De acordo com fonte da GNR, a descoberta foi acidental, por parte de algumas crianças das redondezas, com idades até aos 15 anos. E foi o pai de uma delas a denunciar o achado, depois de perceber com o que os mais jovens andariam a brincar, na tarde de anteontem. Ninguém ficou ferido.

"Tiveram muita sorte, em determinadas condições, o material poderia ter deflagrado", referiu ao JN fonte da GNR, que confirmou não terem sido encontradas armas.

O material foi encontrado e recuperado numa casa que terá estado ocupada até 2003, mas, segundo apurou o JN, há indícios que apontam para que tenha sido armazenado no local recentemente.

O caso passou para as mãos dos inspectores da Secção Regional de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária (PJ) do Porto. Que, numa vistoria ao local, registaram também a existência de manuais de fabrico de explosivos, escritos em português e espanhol. De acordo com informações recolhidas pelo JN, alguns dos engenhos artesanais encontrados em malas térmicas já estariam em condições de ser detonados. Aliás, foram ainda achados um detonador e algumas velas de explosivos.

Várias substâncias não determinadas encontradas na mesma antiga casa de guarda florestal mereceram a atenção da PJ e vão agora ser analisadas pelo Laboratório de Polícia Científica.

Os inspectores da PJ encarregues do caso vão também averiguar o historial da antiga casa de guarda florestal. Designadamente saber quem dela fez uso.

Resistência Galega defende uso de "violência política"

O movimento designado Resistência Galega, cuja propaganda estava entre os autocolantes encontrados pelas autoridades, é uma associação de indivíduos que defendem a independência daquela região autónoma de Espanha. O grupo revolta-se contra o que considera ser a negação, na Constituição espanhola, à autodeterminação. E defende que, desta forma, está legitimada a implementação de "formas de resistência de carácter ilegal e de violência política", segundo um manifesto publicado em Julho de 2005. Que remata deste modo "O direito à autodeterminação não se pede de esmola - conquista-se". Fonte JN por José Mota

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