Vila Verde: parques subterrâneos à espera do dinheiro de privados



A Assembleia Municipal de Vila Verde deu ‘luz verde’ à construção de dois parques de estacionamento subterrâneos no centro da vila. Deverão custar mais de cinco milhões de euros, mas só serão concretizados se houver empresas interessadas. A proposta ratificada pela maioria dos deputados municipais contempla ainda a instalação de parcómetros, o que significa que será cobrado estacionamento à superfície.
Reunida no passado dia 29 de Junho, a Assembleia Municipal votou maioritariamente o projecto de construção de dois parques de estacionamento subterrâneos no centro da vila: na Praça do Município e na Praça de Santo António. A maioria social-democrata validou o projecto; o CDS-PP levantou objecções mas votou favoravelmente, enquanto PS e CDU votaram contra. Registaram-se 14 votos contra e 7 abstenções.
A implantação do projecto vai arrancar pela parte ‘mais fácil’: a concessão da exploração de 650 lugares de estacionamento à superfície, através do sistema de parcómetros, por um período de 20 anos. Com base numa adenda proposta pelo presidente da Câmara, o estacionamento à superfície é pago nos dias úteis, das 08h30 às 19h00.
Só depois dos parcómetros avançará a construção de dois parques de estacionamento subterrâneos, com capacidade de 324 lugares, cuja concessão de exploração é feita por um período de 50 anos. O sistema de cobrança ficará ao critério da empresa que assumir o projecto.

Só com privados

Embora a autarquia apresente um projecto-tipo para a concretização dos novos parques, a empresa ou consórcio que venha a vencer o concurso poderá avançar com “alterações e eventuais melhorias” que beneficiem o usufruto do serviço, conforme esclareceu o presidente da Câmara de Vila Verde. No entanto, José Manuel Fernandes enalteceu a “qualidade do caderno de encargos”.
Perante a Assembleia, o autarca social democrata fez questão de deixar claro que os parques só avançarão de houver empresas privadas interessadas na sua execução e gestão. “Se não aparecer ninguém interessado, a Câmara Municipal não adjudicará o projecto. Não temos capacidade financeira para executar a obra (que custa mais de 5 milhões de euros), apesar de ser urgente para descongestionar e agilizar o trânsito no centro da vila”, declarou José Manuel Fernandes.
O presidente da Câmara explicou, “face às restrições financeiras impostas pelo Governo”, a abertura à construção de infra-estruturas e exploração de serviços por parte de privados “é o caminho que deve ser seguido”.
Em seu entender, o projecto representa “mais um bom exemplo de que, em altura de aperto financeiro, é possível realizar obras sem dinheiros públicos. Por outro lado, frisou que se tratam de obras que “prometem criar emprego e riqueza”. Fonte Jornal Terras do Homem

1 comentários:

João Ferreira disse...

Talvez a ideia não seja má... a de construir parques subterrâneos. Se isso significar ordem no transito e, mais concretamente, no estacionamento. Porque se continuarmos a ter carros estacionados em zonas proibidas e as autoridades nada fizerem... de nada servirão os parques (ficarão às moscas)... as pessoas continuarão a estacionar onde lhes der mais jeito, mesmo sendo proibido.

Agora a questão se quem os vai explorar é que é preciso ser bem pensada... é que afinal são uma fonte de rendimento... enfim, as nossas elites que estudem o caso que é para isso que são pagas... Mas era bom que que não nos levassem por lorpas.