Vila Verde: Crianças em Operação STOP sensibilizaram condutores



Ontem, os dois guardas do Núcleo da Escola Segura do Destacamento de Braga da GNR mandaram parar vários automobilistas, no lugar de Pegada, em Adaúfe, para que as 39 crianças que frequentam o Jardim-de-Infância de Romil tivessem oportunidade de os sensibilizar para a importância de cumprir as regras de prevenção e segurança rodoviária.

Eu disse ao senhor condutor que ele tem de cumprir as regras de segurança. Deve usar o cinto e não pode falar ao telemóvel enquanto conduz”. As palavras são do Diogo, que com apenas cinco anos de idade, tem já uma consciência cívica apurada.
O Diogo e as restantes 38 crianças que frequentam o Jardim-de-Infância de Romil, em Adaúfe, protagonizaram ontem uma acção de rua sobre “Prevenção e Segurança Rodoviária”, que contou com a colaboração dos guardas Sílvia Rodrigues e Custódio Gonçalves, do Núcleo da Escola Segura do Destacamento de Braga da Guarda Nacional Republicana.
Dois a dois, os alunos acompanharam os militares que mandavam parar as viaturas automóveis na recta mesmo em frente do infantário.
Aos condutores era explicado o objectivo daquela paragem: tratava-se de uma acção de sensibilização para chamar a atenção dos condutores para regras que é importante cumprir: usar o cinto de segurança, utilizar e correctamente as cadeirinhas para transporte de crianças, moderar a velocidade ao passar por esta- belecimentos escolares e ao se aproximar de uma passadeira.

E para que os condutores não esqueçam estes concelhos, as crianças entregaram-lhes um desdobrável com estes concelhos.
A aceitação por parte dos condutores desta iniciativa foi muito boa. A guarda Sílvia Sílvia Rodrigues salientou precisamente a boa receptividade por parte dos automobilistas para este tipo de acções.
É preciso dizer que alguns condutores mandados parar pelo guarda Custódio Gonçalves não estavam a cumprir as regras de segurança. “Houve o caso de uma senhora que viajava com três crianças e iam todos sem o cinto de segurança”, contou-nos o guarda, explicando que esta senhora não foi multada porque o objectivo deste tipo de iniciativas é precisamente sensibilizar as pessoas e nunca são passadas multas.
Curioso é que as pessoas apanhadas a infringir o Código da Estrada dão quase sempre a mesma desculpa, sobretudo para justificar a não utilização do cinto de segurança que foi a infracção mais detectada: “dizem sempre que moram já ali ao ao lado e que só iam fazer uns metros de carro”, contam os guardas. Certo é que as estatísticas referem que é precisamente nestes trajectos curtos e habituais que se dão a maioria dos acidentes rodoviários.

As educadoras Filomena Sousa e Elisabete Antunes explicaram que esta acção de rua surge no âmbito do projecto educativo que o Jardim-de-Infância de Romil está a desenvolver neste ano lectivo com o tema “Formação Pessoal e Social”. Além da segurança rodoviária e prevenção de acidentes, as crianças foram também sensibilizadas para questões ambientais e de saúde, entre outras. “A experiência diz-nos que as crianças são agentes de mudança. A nível da educação de infância observamos que esta intervenção com crianças pequenas, com idades dos três aos cinco anos, potencia muitas alterações de comportamentos”, explicou a educadora Filomena Sousa.
Já a educadora Elisabete Antunes nota que os pais e encarregados de educação aderem também a este tipo de iniciativas pedagógicas. Aliás, algumas mães foram assistir à acção de rua ontem realizada.

Uma dessas mães foi a do Diogo que nos confessou que o filho, desde que anda a apreender coisas sobre a segurança rodoviária já “obrigou” o pai a trocar de carro, porque o antigo não tinha cintos nos bancos de trás.
Além disso, “o Diogo também alerta o pai sempre que se aproxima uma passadeira. Diz-lhe para ir mais devagar. E quando vê um semáforo vermelho ou amarelo diz logo que é obrigatório parar”, contou-nos a mãe.
Relativamente à prevenção e segurança rodo-viária, antes desta acção de rua, os meninos do infantário de Romil tinham já recebido a visita dos guardas Sílvia Rodrigues e Custódio Gonçalves que lhes falaram precisamente sobre este tema. A acção de ontem foi uma forma de completar a parte teórica da iniciativa.
Sílvia Rodrigues refere que é habitual a Escola Segura da GNR participar neste tipo de iniciativas, não só em jardins de infância mas também em todas as escolas do ensino básico.
Os dois guardas têm a seu cargo 172 estabelecimentos de ensino nos concelhos de Braga e de Vila Verde. Fonte Correio do Minho por Marlene Cerqueira

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