Minho: Aliciados a pagar serviços que afinal não existiam



Fraude, burla e publicidade enganosa. É nestes termos que clientes da Clix se referem ao alegado incumprimento contratual da operadora. Face ao preço convidativo de uma campanha, inúmeros utilizadores dos concelhos de Amares, Vila Verde e Terras de Bouro contrataram o serviço , mas acabaram informados que, "afinal, aquela não é uma zona Clix". A operadora do Grupo Sonae já reconheceu o erro e pediu "desculpa" aos clientes.

As queixas dos clientes lesados que acabaram por rescindir o contrato com outras operadoras do mercado são imensas. Poucos dias depois da assinatura do contrato, o director do Serviço ao Cliente, Luís Costa, dava as boas-vindas à Clix e fornecia os dados de acesso à Internet. Com o atraso no acesso ao serviço, os clientes contactaram o serviço de Apoio a Clientes, para obter informações complementares. Para espanto, foi-lhes dito que o valor do contrato não era o que constava no folheto apresentado pelos comerciais da Clix (22,50 euros), mas 29,90 euros.

Revoltado

"Fiquei revoltado, senti-me enganado e burlado", adianta Manuel Araújo, jornalista freelancer de Amares, que havia aderido à campanha. "O preço era convidativo, rescindi com a PT e aguardei a adesão", refere Adelino Ramôa, outros cliente lesado. "Contactei novamente o Apoio ao Cliente, para informar que não aceitaria o valor de 29,90 euros, mas o do contrato, 22,50 euros", revela Manuel Araújo, acrescentando que "nada decidiram, mandaram esperar algum tempo, pois um superior hierárquico iria entrar em contacto para dar a decisão". "Mais tarde, fiquei surpreendido ao constatar que onde habito não é considerada "Zona Clix", logo, não há acesso telefónico nem Internet. "Trata-se de uma vigarice. Enganaram-se e nós acabámos prejudicados. Quero ver quem repõe os prejuízos".

"Sinceras desculpas"

Contactada, a Clix respondeu que "apenas resta apresentar as nossas sinceras desculpas pela presente situação, tal como por todas as informação incorrectas que foram prestadas anteriormente, sendo compreensível qualquer atitude que tome, dada esta situação", remetendo esclarecimentos adicionais para a linha de Apoio ao Cliente. Fonte JN por Pedro Antunes Pereira

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