Braga: Igreja encara acólitos como viveiro de vocações


O arcebispo primaz de Braga vê os acólitos como um viveiro de vocações, por isso propôs a criação do Serviço Arquidiocesano de Acólitos, pela Pastoral Litúrgica. D. Jorge quer também que a Pastoral Familiar tenha um horizonte vocacional.

D. Jorge Ortiga propôs ontem que o Departamento da Pastoral Litúrgica constitua um Serviço Arquidiocesano de Acólitos. O arcebispo primaz considera que é necessário “cuidar um pouco mais dos acólitos nas comunidades paroquiais”, uma vez que constituem “uma espécie de viveiros de vocações sacerdotais”.
O arcebispo falava na homilia da missa celebrada na Igreja do Seminário Conciliar, em que foram ordenados mais três diáconos — Albino Fernando Meireles, de Covas, Lousada; Carlos Eugénio Araújo, de Barbudo Vila Verde; e José António Carneiro, de S. Torcato, Guimarães.

Estas ordenações coincidiram com o encerramento da Semena de Oração pelas Vocações e com o domingo do Bom Pastor. Não se tratou de mera coincidência, mas sim de uma “escolha consciente”, em tempos difíceis, tempos em que escasseiam as vocações.
Deixo aqui uma proposta, um apelo, para que, através do Departamento da Pastoral Litúrgica, seja dado mais apoio aos acólitos. Aos jovens, rapazes e raparigas, que servem ao altar, para que esses jovens sintam também o apelo da entrega à vida religiosa”, referiu D. Jorge, recordando palavras do papa João Paulo II aos sacerdotes: “privilegiai a atenção aos acólitos que constituem uma espécie de viveiros de vocações sacerdotais”.

D. Jorge acredita que os jovens acólitos, devidamente apoiados e orientados pela família e pelos catequistas, podem ir crescendo no amor a Deus e experimentar o apelo vocacional.
Neste e nos próximos dois anos, a Arquidiocese está comprometida na renovação da Pastoral Familiar. Foi também neste ponto que se situou a reflexão do arcebispo, que sustentou que “a vocação é um dom de Deus. Ela é em primeiro lugar um dom de Deus à família, mas é simultaneamente um dom da família”.
D. Jorge, que não acredita que a escassez de vocações esteja relacionada com o decréscimo da taxa de natalidade, defende a tese que as famílias enriquecm quando dão um filho às vocações.
É este horizonte vocacional que D. Jorge Ortiga quer colocar à Pastoral Familiar. “A Pastoral Familiar não é só para constituir famílias cristãs. É mais que isso. Deve abrir sempre o horizonte das vocações nas nossas famílias”, concluiu o arcebispo. Fonte Correio do Minho por Marlene Cerqueira

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