O CDS-PP de Vila Verde exigiu hoje ao executivo um esclarecimento "cabal" do caso do empréstimo de 2 milhões de euros para a Proviver, alegadamente contraído após esta empresa municipal ter entrado em processo de liquidação.
Para o CDS-PP, é importante saber, desde logo, qual foi o fim do empréstimo, quem tomou a decisão de o contrair e como votaram os eleitos do PSD e do PS, os dois partidos representados no executivo municipal.
Entre várias outras questões, o CDS-PP quer ainda saber que garantias foram dadas ao banco e por quem, por que é que o empréstimo foi contraído na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Verde e Terras de Bouro a um taxa de juro "duas ou três vezes superior à taxa praticada por outras instituições" e ainda quem vai pagar o empréstimo.
Sublinhando que a Proviver se traduziu "num sorvedouro de dinheiro", os centristas instam PSD e PS a "deixarem-se de guerrinhas" e a darem "respostas concretas, claras e objetivas" sobre o assunto, lembrando que aqueles partidos são "duas caras da mesma moeda", por serem "os responsáveis pelo executivo que gere os destinos de Vila Verde até 2017.
O PS de Vila Verde já pediu ao Ministério Público uma "investigação aprofundada" à gestão da empresa municipal Proviver, por considerar que há em todo o processo "muitas dúvidas por esclarecer".
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara, António Vilela (PSD), manifestou-se "completamente tranquilo", referindo que "tudo foi feito com rigor e transparência".
A Proviver foi criada em 2006, para gerir as instalações desportivas do concelho de Vila Verde.
Em dezembro de 2012, foi decidida a dissolução da empresa, tendo em janeiro do ano seguinte sido contraído o empréstimo de mais de 2 milhões de euros.
"A empresa está em processo de dissolução, mas ainda existe", lembrou António Vilela.
Disse que a extinção deverá ocorrer a muito breve prazo, passando então os ativos e os passivos da empresa para a Câmara.
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