Pires
O Partido Socialista de Vila Verde emitiu um comunicado onde acusa o presidente do Município de não ter esclarecido a Assembleia Municipal sobre uma dívida superior a um milhão de euros à Escola Profissional Amar Terra Verde.
Os socialistas dizem que a sessão destinada à análise e votação da Prestação de Contas de 2013 «ficou marcada pela completa e absurda falta de respostas de António Vilela à acusação de ter escondido uma dívida à EPATV superior a um milhão de euros e de ter contabilizado apenas uma dívida de 40.162 euros».
Depois de considerar que «são episódios como este que deitam por terra toda a credibilidade de um documento que deveria primar pelo rigor, pela exactidão e pela verdade», o PS diz que «a gravidade destes comportamentos de ocultação de dívidas da Câmara Municipal não se resume às contas referentes ao ano de 2013, uma vez que na Prestação de Contas de 2012 foi ocultada uma dívida à EPATV de €1.164.582,85 e contabilizada apenas uma dívida de €4.750,25, factos assumidos pelo próprio Presidente de Câmara em plena sessão da assembleia quando disse que votou favoravelmente as contas de 2012 da Escola Profissional Amar Terra Verde».
No comunicado o PS refere que este facto «não pode passar em claro» e diz que foi isso que motivou o voto contra dos eleitos do Partido Socialista e que levará os mesmos a apresentar uma exposição junto das entidades que têm por missão fiscalizar a actividade autárquica».
Para o PS «a necessidade de camuflar este tipo de dívidas só reafirma o estado calamitoso das contas da Câmara Municipal de Vila Verde que, mesmo depois de contrair empréstimos de milhões ao abrigo do PAEL, continua exageradamente endividada e a apresentar maus resultados económico financeiros, realidade confirmada pelos mais de 25 milhões de dívida e pelo Resultado Líquido do Exercício negativo de €4.371.423,41, ou seja, €1.005.881,44 a mais no prejuízo que já se verificava nas contas do exercício do ano de 2012».
Os eleitos do PS criticam ainda o facto de a bancada do PSD ter recusou uma proposta do Partido Socialista que pretendia «zelar pelas zonas ribeirinhas face aos ‘maus tratos’ que têm sido sujeitas pelas obras da empresa Águas do Noroeste. Foi, de facto, um momento incompreensível e pouco digno para quem se diz defensor do património ambiental do concelho». Os socialistas terminam o comunicado afirmando que «não vão baixar os braços na defesa do Concelho de Vila Verde e, para isso, vão continuar a expor todas incidências que vão marcando, negativamente, a gestão autárquica vilaverdense».
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