Vila Verde: Fundos europeus para segurança na agricultura


O eurodeputado José Manuel Fernandes propôs ontem, em Vila Verde, o recurso a verbas do Fundo Social Europeu, no para a formação na área da utilização de máquinas e utensílios agrícolas.
O eurodeputado falava numa seminário organizado pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), Câmara Municipal de Vila Verde e cooperativa agrícola Caviver sobre prevenção e segurança laboral, dirigido a trabalhadores do sector primário.
O evento serviu também para assinalar as expectativas positivas dos seus organizadores quanto à redução dos comportamentos de risco e, consequentemente, de acidentes no concelho vilaverdense, depois das várias sessões realizadas para a sensibilização os agricultores e dos manobradores de máquinas agrícolas sobre bons comportamentos na utilização das mesmas e as vantagens do trabalho em segurança.

Numa sessão em que marcaram presença o presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, o comandante da GNR local, José Cruz, e do inspector da ACT, Pimenta Brás, o eurodeputado apontou a importância de se utilizar bem os fundos europeus disponíveis na área da prevenção, saúde e segurança no trabalho, frisando José Manuel Fernandes que estas são matérias igualmente importantes para a produtividade e competitividade das empresas e da economia, assim como para a qualidade de vida dos trabalhadores.

“Através do Fundo Social Europeu, Portugal garantiu mais de 7 000 milhões de euros para o período de 2014 a 2020. Além disso, o Fundo Europeu Agrícola d e Desenvolvimento Rural (FEADER) deverá também ser utilizado para a renovação de equipamentos obsoletos”, defendeu José Manuel Fernandes, que sugeriu, desde já, um levantamento urgente dos montantes que seriam necessários para este atingir o objectivo de renovação de equipamentos. 

Em seu entender, “os grupos de acção local devem também eles prever nas suas estratégias locais montantes para este objectivo”.
Num seminário onde foram apresentados estudos e resultados sobre acidentes com tractores e produtos químicos na agricultura, José Manuel Fernandes aproveitou para defender que a actual crise económica e os efeitos da recessão económica não podem ser usados como argumentos para fomentar uma diminuição das condições de saúde e segurança nos locais de trabalho, nem qualquer retrocesso legislativo ou maior condescendência na fiscalização das normas legais”.

“Os custos das doenças profissionais e os acidentes de trabalho representam, em alguns países, para as empresas e os regimes de segurança social, 5,9% do produto interno bruto (PIB)”, alertou o eurodeputado, referindo ainda que, nos países da União Europeia, morrem anualmente 168 000 cidadãos devido a acidentes ou a doenças relacionados com o trabalho, e cerca de sete milhões ficam feridos em acidentes. 

E pelo menos 11 milhões de trabalhadores da União Europeia sofrem de patologias músculo-esqueléticas. Em Portugal estima-se que ocorreram mais de 145 mil acidentes laborais no ano de 2010.

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