Mundo: Conheça os países onde é mais fácil encontrar emprego. E maior o risco de o perder


Em que países há mais probabilidade de perder o emprego nos próximos 12 meses? As previsões da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicadas em Dezembro, na última edição do relatório “Indicadores Chave do Mercado de Trabalho” são um termómetro da tensão que paira sobre os trabalhadores de determinados países.

Entre as 70 nações em análise, Espanha apenas é ultrapassada no topo da lista dos países mais perigosos para quem tem emprego pelas Filipinas, território que vive o rescaldo da destruição provocada pelas tempestades e furacões de novembro último e onde o risco de um empregado perder o seu posto de trabalho está nos 28,8%.
No extremo oposto está a Tailândia onde a probabilidade de perder o emprego é apenas de 1,8%.
Para Portugal, a agência das Nações Unidas estima o risco em 11,5%, um número superior à maioria dos estados europeus, mas ainda assim, abaixo do calculado para a Grécia (12,9%) e os nórdicos Suécia (13,8%) e Finlândia (12,1%).
O indicador pode não ser, contudo, revelador de mais ou menos desemprego já que países com maior flexibilidade laboral tendem a ter mais população a perder empregos e a encontrar novos postos de trabalho. O problema acontece quando estas pessoas não conseguem reentrar no mercado laboral. Uma realidade que preocupa a OIT, que alerta para o aumento de 40% do desemprego de longa duração em Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, de 2008 até à atualidade.
Passar de desempregado a empregado
Do lado inverso, as probabilidades de um desempregado encontrar trabalho no próximo ano são mais baixas na Grécia (18,6%) e na Bósnia (16%), com valores aproximados em toda a região dos Balcãs. Por outro lado, Noruega (91,7%), México (98,2%) e Filipinas (98,6%) são exemplos de países onde as probabilidades de encontrar um emprego são superiores a 90%.
A organização estima que o típico desempregado português tenha 40,1% de probabilidade de encontrar um trabalho nos 12 meses seguintes a ter perdido o emprego. Um valor abaixo da vizinha Espanha (48,7%) cuja taxa de desemprego é a mais alta da Europa.
Segundo a OIT, os números não são animadores para a generalidade dos países, especialmente os europeus. As manchetes de jornais sobre uma recente diminuição das taxas de desemprego ocultam a amarga realidade de que para muitos trabalhadores desempregados é cada vez mais difícil encontrar um emprego num período de tempo razoável de seis meses ou menos”, explica em comunicado Ekkehard Ernst, chefe da Unidade de Tendências do Emprego da OIT.

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