Pires
O segundo Encontro com o Alambique realizou-se este fim-de-semana no lugar de Carves, na freguesia de Pico S. Cristovão, em Vila Verde, no âmbito da Rota das Colheitas. A propriedade da família Antunes, onde está o único alambique licenciado em todo o concelho, abriu as suas portas para partilhar com o mundo o aproveitamento do que restou das vindimas, para o transformar numa bebida de culto: a aguardente.
O encontro aconteceu no final da tarde do passado sábado, onde o fabrico de aguardente foi acompanhado por muitos populares, inclusivamente pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela.
Eram visíveis ainda espigas desfolhadas e armazenadas em sequeiros tipicamente minhotos e outras alfaias agrícolas com sinais de utilização recente na quinta. No lagar aguardava a prensa com os restos de bagaço (uvas espremidas da vindima e de onde já havia sido retirado o sumo do fruto) a última transformação no alambique do Sr. Antunes.
À espera do néctar que viria mais tarde do alambique estava a população da freguesia que se animou ao som do Grupo Folclórico de Vila Verde, que actuou no evento.
António Vilela, à semelhança do ano anterior, mostrou-se um entusiasta desta prática, observando muito de perto a extracção do bagaço para o cesto e depois, junto do alambique de cobre, na apreciação do produto final que gotejava para o recipiente metálico.
“Isto é mais um ritual das colheitas, numa fase a seguir às vindimas, em que, do aproveitamento do bagaço, se produz a aguardente”, comentou o presidente do município de Vila Verde, salientando a relevância desta actividade na programação “este é o único alambique licenciado no concelho”.
Para António Vilela, “a importância desta iniciativa insere-se num dos objectivos essenciais da programação, que é perceber qual a origem dos produtos associados à ruralidade e como antigamente se produziam e possibilitar, desta forma, a sua reprodução e vivência. É esta a vantagem e mais-valia da programação da Rota das Colheitas de Vila Verde”.
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