Vila Verde: Sessão de esclarecimento mostra que juventude bebe cada vez mais (via Correio do Minho)



O aumento do consumo de álcool entre os jovens preocupa cada vez mais os profissionais de saúde do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Braga. A “banalização” e “desvalorização” do uso desta “droga” não ajuda e o caminho passa pela prevenção. 

Esclarecer os adolescentes para os efeitos que o álcool produz no organismo foi um dos grandes objectivos da sessão a que mais de 40 alunos da Escola Secundária de Vila Verde assistiram no Hospital de Braga. 

“O consumo do alcoolismo é cada vez mais precoce e a prevenção tem que ser feita cada vez mais cedo, por isso, estas acções de sensibilização são muito importantes”, começou por referir Daniela Freitas, uma das médicas que fez parte da equipa que orientou a sessão.

De acordo com os resultados de um estudo, do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, divulgado a semana passada, revelou que aumentou o consumo de álcool entre os alunos que frequentam o ensino secundário. “Há mais casos e têm sido diagnosticados em cada vez mais jovens”, alertou a médica, apelando à necessária “mudança de comportamentos” e aposta na “medicina preventiva” e não apenas na medicina curativa, quando a patologia já está instalada. 

A “banalização” e “desvalorização” dos abusos do consumo de álcool, não ajudam, já que o álcool “é uma droga dita socialmente aceite”, lamentou a médica, admitindo que “a grande arma neste momento é a prevenção junto dos jovens”.
Daniela Freitas foi mais longe: “se há uns anos a população que sofria de alcoolismo tinha uma faixa etária mais elevada, hoje já recebemos utentes muito jovens nas consultas”. 

Os jovens são referenciados pelos médicos de famílias, mas também pelos serviços de urgência do hospital. “Quando os jovens são observados e mostram vontade são encaminhados para a consulta para fazer o tratamento”, explicou. 
A comunicação social tem sido “fundamental” na sensibilização quer dos profissionais de saúde, quer da população em geral. 

Fonte Correio do Minho por Patrícia Sousa

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