OCDE admite que vêm aí tempos ainda mais difíceis do que se previa antes e que a crise política torna mais provável o pedido de resgate
«Foi uma tragédia o que aconteceu em Portugal». A frase, que pode parecer um pouco alarmante, é do secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Angel Gurria antevê tempos ainda mais difíceis para o país, depois da demissão do primeiro-ministro.
Num discurso proferido em Washington, o secretário-geral da OCDE recomenda que as eleições para escolher o novo Governo devem ter lugar o mais rapidamente possível, apontando para o mês de Maio. «Até lá serão semanas muito duras», avisa.
No dia em que os líderes europeus estão reunidos em cimeira na cidade de Bruxelas, e em que fontes comunitárias admitiram já que Portugal poderá ter de pedir ajudaentre hoje e amanhã, Gurría acredita que ainda não é inevitável o resgate a Portugal. Mas admite que, com a crise política instalada, é «mais provável».
Bruxelas diz estar pronta a ajudar assim que o pedido for feito, mas o Governo português continua a afirmar que Portugal resistirá.
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