Mundo: Ópera de Sidney (Australia) foi das primeiras a apagar as luzes para salvar o planeta (C/ Vídeo - Via Público)

Vista de Sydney - antes e depois do apagão


A Ópera de Sidney foi hoje o primeiro local emblemático do planeta a ficar mergulhado na escuridão, às 20h30 locais, durante 60 minutos. A Hora do Planeta será celebrada por mais de 130 países e centenas de milhões de pessoas.

A Hora do Planeta, organizada desde 2007 pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza), pretende sensibilizar as opiniões para o problema das alterações climáticas. No ano passado participaram 128 países.

Da Austrália à América, passando pela Ásia, Europa e África, os edifícios mais famosos – como a Ópera de Sidney, a Torre Eiffel, o Cristo Redentor e o Empire State Building – deverão, uns após os outros desligar as luzes às 20h30 locais.

Segundo Andy Ridley, co-fundador e director da operação, um número recorde de 134 países ou territórios vão participar na edição de 2011. “A quantidade de energia economizada durante esta hora não é, verdadeiramente, o que importa”, admitiu à AFP, em Sidney. “A intenção é mostrar o que pode acontecer quando as pessoas actuam juntas”. Este ano, os organizadores apelaram ainda aos participantes para se comprometerem a fazer durante 2011 algo que contribua para salvar o planeta.

A Hora do Planeta começou no Pacífico, com as ilhas Fiji, Nova Zelândia e Austrália, seguindo depois para Oeste, seguindo o pôr-do-Sol. Na Austrália, os organizadores estimam que tenham participado cerca de dez milhões de pessoas.

Na Nova Zelândia, a chuva perturbou algumas iniciativas, informou Lee Barry, responsável pelas alterações climáticas na WWF neozelandesa, ao jornal "New Zealand Herald". Em Hamilton, trovoadas enfraqueceu os ânimos num concerto acústico mas a festa continuou com tambores e dançarinos. "Quando tomamos pequenas acções, no âmbito de uma comunidade global, podemos fazer uma grande diferença e criar um futuro onde as pessoas vivam em harmonia com a natureza", comentou o director da organização naquele país, Chris Howe.

Oitenta e quatro cidades na China comprometeram-se e desligaram as luzes nos principais pontos dos centros urbanos, incluindo alguns edifícios emblemáticos na Cidade Olímpica, em Pequim.

Segundo o site oficial da campanha, a cidade Makati, nas Filipinas, quis ir além dos 60 minutos e anunciou uma moratória aos sacos de plástico nas lojas. Além disso, pretende promover o uso de sacos feitos por artesãos locais.

No Japão, abalado a 11 de Março por um sismo e tsunami que fizeram mais de 27 mil mortos e desaparecidos, vários milhares de pessoas e um centro de abrigo para desalojados deverão participar na iniciativa. “Os japoneses terão um sentimento especial este ano, quando desligarem as luzes”, comentou Hideko Arai, uma porta-voz da WWF. Um minuto de silêncio deverá ser observado em vários países, em homenagem às vítimas da catástrofe no Japão.

Na Grécia, a Acrópole, o Parlamento, o Palácio Presidencial deverão ficar às escuras, disse Georges Vellidis, da WWF-Grécia. Neste país deverão participar 300 cidades, centenas de escolas e empresas e 25 mil pessoas a título individual.

Na Áustria, todas as maiores cidades foram mobilizadas. O palácio de Schönbrunn – antiga residência da família imperial em Viena – e a estátua de Mozart em Salzburgo farão parte dos monumentos que vão aderir.

França participará em seguida com as luzes desligadas na catedral de Notre-Dame e nas pontes, fontes e praças de mais de 230 locais em Paris. A Torre Eiffel também vai participar mas apenas por cinco minutos, por razões de segurança.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deu o seu apoio ao evento destinado, disse, a “proteger o planeta e a garantir o bem-estar da humanidade”. “Vamos utilizar estes 60 minutos de escuridão para ajudar o mundo a ver a luz”, disse Ban Ki-moon.

Para o primeiro-ministro britânico David Cameron, a Hora do Planeta é um “imenso símbolo de solidariedade, uma demonstração encorajadora do compromisso internacional”.







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