A Câmara de Vila Verde informa que se encontra disponível para Consulta Pública o Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo Não Técnico, do Projecto de Ligação Ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Vigo – Lote 1 B Troço Braga / Valença.
Desde já, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde mostra «reservas» em relação aos corredores/traçados propostos, bem como à estratégia definida, para a passagem no Concelho do comboio de alta velocidade (TGV)».
Em causa está a ligação entre Porto e Vigo por comboio de alta velocidade, cuja conclusão está anunciada para 2013. Nos próximos 40 dias úteis, a contar da data de 13 de Novembro de 2009 e até 13 de Janeiro de 2010, decorrerá a Consulta Pública. Neste enquadramento, o Município de Vila Verde disponibilizará todos os esclarecimentos possíveis aos cidadãos, entidades e demais organismos através dos seus Serviços Técnicos, , estando ainda disponíveis para prestar tais esclarecimentos os seguintes organismos: Agência Portuguesa do Ambiente / Rua da Murgueira, 9/9A – Zambujal – Apartado 7585-2611-865 Amadora ; e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte / Rua Rainha D. Estefânia, 251-4150-304 Porto. O resumo Não Técnico encontra-se disponível na Internet (www.apambiente.pt).
Nesta fase, numa primeira análise ao Estudo de Impacto Ambiental enviado pelos organismos competentes, a Câmara Municipal de Vila Verde manifesta «fundadas reservas quanto à qualidade dos traçados propostos pela Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) para a passagem no Concelho do comboio de alta velocidade (TGV).
O Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, manifesta «fundadas reservas» às propostas apresentadas. Sustenta que as mesmas são «altamente penalizadoras para o Concelho de Vila Verde, quer do ponto de vista dos impactos territoriais, quer ambientais, e mesmo ao nível da qualidade de vida defendida para o território concelhio».
O autarca nota que «numa primeira análise, escapam logo à evidência erros merecedores de reparo, como a divisão de localidades a meio e os impactos ambientais gravosos».
Sublinha mesmo que «as divisões de propriedades, a juntar à demolição de diversas habitações e equipamentos públicos, condicionam enormemente o crescimento equilibrado e sustentado de algumas Freguesias e do próprio território concelhio». Junta, igualmente, o facto das propostas de corredores «mostrarem desconhecimento completo da realidade local
Do ponto de vista da afectação da qualidade de vida em geral das populações abrangidas nas propostas apresentadas «é altamente penalizador». Vinca mesmo que os corredores «passam por cima de freguesias inteiras e de várias áreas urbanas» e lembra que «põem em causa património construído e áreas naturais». Observa também que «têm enormes impactos visuais e paisagísticos e provocam ruídos perfeitamente intoleráveis».
Vinca que «Vila Verde aceita o investimento e quer participar na escolha da melhor solução, aquela que melhor defenda os interesses locais em conciliação com o interesse regional e nacional do investimento programado. Existem alternativa com menores impactos negativos».
Manifesta, inclusive, «disponibilidade para colaborar na definição de uma alternativa/solução mais ajustada à realidade local e com evidentes melhorias ao nível dos impactos que possa vir a provocar». Uma coisa é certa, nota que «os corredores/traçados agora publicados são altamente prejudiciais para o Concelho. Desta forma, não podemos - nem iremos - aceitar».
No sentido de proceder a uma análise e discussão mais alargada, o Município de Vila Verde agendou uma reunião com os Presidentes de Junta das Freguesias afectadas, a realizar na próxima semana. Fonte Rádio Voz do Neiva
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