Arcos de Valdevez: Onze cães, lobo e raposa morreram envenenados



Onze cães, um lobo e uma raposa mortos. Foi este o estranho resultado de uma montaria... ao javali, no fim-de-semana, na Zona de Caça Municipal de Sistelo, em Arcos de Valdevez. Segundo os caçadores, a montaria quase nem chegou a começar, pois os animais terão morrido envenenados, ao que se supõe, com algum pesticida espalhado naquele local.

Segundo um dos participantes, Paulo Jorge, foi um cenário demasiado horrível e doloroso de relatar. "Sinto-me revoltado com o que aconteceu", desabafa, salientando que no terreno foram avistados ainda um lobo e uma raposa mortos.

O "lobo ainda tinha sangue fresco na boca; por isso, o veneno foi espalhado recentemente, provavelmente na sexta-feira passada", disse, por seu turno, Francisco Cerqueira, de Arcos de Valdevez.

"É muito doloroso perder os nossos animais assim. Acima de tudo, é uma perda sentimental avassaladora", desabafou, revelando que, por momentos, a filha "entrou em pânico quando um dos seus cães - o que ela tinha mais estima - não aparecia, receando-se que também tivesse sido envenenado". Segundo aquele caçador, os cães afectados foram os que subiram mais na montanha, tendo sido essa zona "a principal área da propagação do veneno", analisou.

Dos 11 cães apenas seis foram encontrados, pelo que os outros devem ter morrido em locais de difícil visibilidade", afirmou ainda aquele arcuense.

Os factos ocorreram em terrenos muito próximo do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o que causou ainda maior "espanto" aos caçadores. Fonte do PNPG, contactada pelo JN, revelou que, durante o dia de ontem, "os cadáveres dos caninos foram aguardados para análises e recolha de amostras, depois de terem sido recolhidos no terreno e congelados pela Brigada do Ambiente da GNR".

A confirmar-se o envenenamento dos animais, o procedimento normal inclui o "levantamento de um auto de investigação" ao sucedido. Também parte das acções tomadas pelo PNPG nestas situações é o envio de técnicos para uma "busca na zona onde os factos ocorreram para tentar encontrar mais iscos, de forma a evitar que novos casos se repitam", disse, ainda, a mesma fonte. Fonte JN por Miguel Rodrigues

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