Guimarães: Comemora com muita folia o "Cortejo do Pinheiro"



Milhares de pessoas voltaram a encher, anteontem à noite, as ruas de Guimarães para assistir ao tradicional cortejo do pinheiro. O número anunciador das nicolinas, as festas dos estudantes do secundário e da cidade de Guimarães, durou, para os mais resistentes, até às primeiras horas da manhã. Para muitos debutantes, a festa terminou com uma passagem pelo hospital, por problemas com o álcool. A tradição ainda é o que era.

As nicolinas - "festas únicas", na opinião do historiador Lino Moreira da Silva, autor de um livro sobre os festejos - caracterizam-se pela concórdia e pela confraternização entre os estudantes, que abafam alguns focos de excesso relacionados com o consumo de álcool.

No dia que se segue ao cortejo, já se tornou um hábito apontar o número de folgazões assistidos no hospital de Guimarães por força de incompatibilidades com o álcool. Este ano, os bombeiros voluntários de Guimarães transportaram, para serem assistidos no hospital Senhora da Oliveira, vinte foliões que não aguentaram encontros mais íntimos com a bebida. Gente nova dos 14 aos 25 anos. Apenas uma rapariga.

O cortejo do pinheiro saiu, como é tradição, depois das 23 horas, junto ao Campo de S. Mamede - o castelo mesmo ali ao lado - , seguindo pelas principais ruas da cidade, até ao Largo República do Brasil, onde foi erguido muito perto das quatro horas. O desfile do pinheiro (a árvore é transportada por juntas de bois, sempre com a banda sonora característica do troar dos bombos e caixas) é antecedido por uma ementa de reforço, servida nos restaurantes locais, habitualmente à pinha rojões, papas de sarrabulho, castanhas e a tradicional receita (vinho com cerveja).

As posses (segunda-feira, dia dia 4), o Pregão (5), as Maçãzinhas (um número muito ligado ao namoro) e as Danças de S. Nicolau (6) e o baile Nicolino (7) são outros dos momentos emblemáticos das festas.


20 excessos registados

As urgências do hospital Senhora da Oliveira voltaram a registar grande agitação, como é também tradição nas noites do pinheiro, devido ao abuso de álcool.

Fonte JN por Joaquim Forte

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