Braga: Negócio das flores atrai dezenas de vendedores



O Dia dos Fiéis Defuntos, que hoje se celebra, é oportunidade de negócio para quem cultiva e vende flores. Há dois dias que dezenas de vendedores disputam clientes e preços na feira das flores. Este ano, o tempo ajudou as vendas a ‘florescer’.

Por um euro já se compra um ramo de flores em plena Praça do Município, onde há flores para todos os gostos e carteiras em vésperas do Dia dos Fiéis Defuntos. Ontem e anteontem, dezenas de vendedores disputaram clientes na já tradicional feira das flores.
Quem foi à feira ontem de manhã conseguiu preços mais vantajosos. Manuel Barbosa, de Vila Verde, explica que, de manhã, pautam-se pelos preços dos lavradores que vendem mais barato e, à tarde, já “puxam” mais um euro.

Manuel Barbosa revela que, em dois dias de feira, o negócio rende cerca de 2400 euros, a dividir pelos dois vendedores que partilham o espaço.
Mesmo assim, muitos clientes regateiam um bocadinho, queixam-se que é caro”, diz Maria Júlia Pereira, que vem de Barcelos para fazer a feira das flores em Braga.
Maria Júlia Pereira vendeu flores cultivadas e colhidas em casa a pensar no Dia dos Fiéis Defuntos.
Rosa Martins da Costa, de Sequeira (Braga) admite que o negócio correu melhor do que o ano passado porque o tempo ajudou.

Uma compradora explica que, além do preço, contam o aspecto e o género das flores. Depois de desembolsar 18 euros, acredita que vai “bem servida”.
As flores que mais se vendem são os crisântemos. “É a flor da época e dos santos” explica Rosa Martins da Costa que esperava vendeu tudo até ao final do dia de ontem para não voltar hoje à feira, embora haja quem se guarde para o último dia para comprar as flores para levar ao cemitério.
Mas nem só os crisântemos dão cor à feira que, todos os anos, em vésperas do Dia dos Fiéis Defuntos enche a Praça do Município. Há cravos, rosas, antúrios, gladíolos, entre outras flores e ramos de verdes para completar os arranjos.

Um ramo de rosas, por exemplo, custa cinco ou seis euros, conforme estão mais fechadas ou mais abertas.
Os arranjos florais “prontos a levar” são cada vez mais uma solução para quem está disposto a desembolsar mais algum dinheiro e não ter trabalho.
Lassalete Soares diz que há arranjos florais a partir de quatro euros, dependendo das flores e do trabalho.
Lassalete Soares ajuda a mãe, Maria Conceição Lima, na altura dos “santos” e esta não se queixa do negócio este ano. “Tem-se vendido razoável” sublinha.
Albino Barbosa, com a esposa, também tentam a sua sorte na feira das flores. Residentes em Crespos, no concelho de Braga, estacionaram à porta do Mercado Municipal, às 4H da madrugada para arranjar lugar.

Para a feira, o casal trouxe o que cultiva no seu terreno. Aos 73 anos, Albino Barbosa troucou a profissão de marceneiro, com que se ocupou toda a vida, pelas lides da agricultura para ajudar a esposa.
Ontem, a meio da tarde, Albino Barbosa já tinha vendido as melhores flores, mas ainda tinha alguns ramos que deixava ir por um euro.
O negócio esteve pior para Manuel Cruz Lima, de Ponte de Lima, pelo menos em comparação com o ano passado.
“O ano passado correu melhor” disse ao “Correio do Minho”, justificando que “havia mais gente”.
Manuel Cruz Lima ajuda a filha, que produz flores de corte e tem estufas próprias.
Mas nem só de flores se faz o negócio dos “fiéis defuntos”. As velas mudam de feitio de ano para ano.
António Fernandes, ven-dedor de Barcelos, explica que “é para tentar vender sempre mais”.
Este barcelense faz a feira das flores de Braga há mais de sete anos e considera que, em comparação com o ano passado, “está mais fraco”. Fonte Correio do Minho por Teresa Marques Costa

0 comentários: