Braga: Bracalândia sai do concelho mas deve ficar no distrito



Parque de diversões deixa os terrenos da Rodovia em meados de 2007 para se instalar num concelho vizinho

É já um dado assente que o parque de diversões Bracalândia está de "malas aviadas" para fora do concelho de Braga, depois do "impasse negocial" entre a autarquia bracarense e a LusoParques. Vila Verde, Amares, Barcelos e Vila Nova de Famalicão são, por enquanto, os municípios mais atractivos para receber o parque temático que, anualmente, é visitado por mais de 200 mil pessoas.

A não revalidação do contrato de aluguer dos terrenos onde está instalada a Bracalândia, na chamada Rodovia, que irá albergar o futuro Instituto Ibérico de Investigação, a par da falta de um espaço alternativo até hoje nunca proposto pela edilidade bracarense - cujas negociações se arrastaram por cerca de um ano -, levou a Luso Parques a "encerrar o processo" e a virar-se para os concelhos vizinhos.

Manuel Correia de Brito, da LusoParques, considerou "esgotado" o período de negociações com a Câmara de Braga, entidade que , neste processo, "mostrou pouco empenho" na continuidade da Bracalândia no concelho bracarense. "As alternativas propostas são para nós insuportáveis", disse aquele responsável da LusoParques, numa alusão à aquisição de terrenos privados junto ao Parque Norte, com preços de aquisição que apelou de "proibitivos", com custos superiores a 500 mil euros.

"A LusoParques pretende manter a Bracalândia no Minho, havendo municípios dispostos a ceder terrenos e outros incentivos, além de ser nosso propósito manter os cerca de 30 funcionários efectivos do parque, que residem nesta região", acrescentou.

Manuel Correia de Brito escusou-se, por enquanto, a divulgar os municípios interessados em acolher a Bracalândia, alegando "interesses das partes" e, por outro lado, evitar a "especulação" dos terrenos em causa.

Contudo, o JN apurou que alguns terrenos já visitados pela Lusoparques situam-se junto ao rio Cavado (ver caixa).

Por outro lado, o responsável da Lusoparques adiantou que o futuro projecto da Bracalância pretende ter cerca de 12 hectares de terrenos, ou seja, o dobro do espaço actual da Rodovia.

Recorde-se que a Bracalância cessa o contrato de aluguer dos terrenos no final de 2007.

Negociações já avançadas

A LusoParques rejeitou, até ao momento, duas propostas de aquisição de terrenos privados nos concelhos de Aveiro e da Figueira da Foz, para a implantação do futuro parque de diversões. Uma decisão tomada, segundo Manuel Correira de Brito, numa estratégia da empresa em manter a Bracalândia na região, tendo, de resto, recebido já propostas de alguns municípios do Cávado. É o caso da Câmara de Amares que disponibilizou terrenos junto ao rio Cávado. Contudo, o autarca José Barbosa escusa-se, de momento, a avançar com pormenores das negociações, pelo facto de o espaço em causa ser propriedade privada. Por outro lado, a LusoParques definiu critérios rigorosos para o futuro espaço da Bracalândia acessibilidades e terrenos não acidentados e a custos baixos. Fonte JN por Magalhães Costa e Lisa Soares

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