Pires
O grupo parlamentar do PS na Assembleia Municipal de Vila Verde considera que «reina a opressão» naquele órgão municipal. Num comunicado de imprensa assinado pelo presidente do grupo socialista, José Martins, acusa o presidente da Assembleia, João Lobo, de «coarctar as liberdades e os direitos dos membros da Assembleia» por não ter permitido «o uso da palavra para repor a verdade e reiterar pedido de esclarecimento ao Presidente da Câmara».O pedido de intervenção do PS – lê-se no comunicado – surgiu na sequência de uma alocução do presidente da câmara, classificada pelo líder da bancada socialista, José Martins, «um longo e ‘comicieiro’ discurso atacando os porta-vozes dos grupos parlamentares da oposição, colocando nas suas bocas o que na realidade não disseram, e propagandeando obras e actividades, ou seja, respondendo a ‘alhos com bogalhos’».
O grupo parlamentar do PS viu-se na necessidade de voltar a usar a palavra, «para repor a verdade e reiterar esclarecimentos», mas João Lobo terá negado essa pretensão fundamentando que «o Regimento não prevê o uso da palavra para tais situações».
O PS lamenta que o presidente da Assembleia Municipal invoque a Lei e o Regimento «para coarctar as liberdades e os direitos dos membros da Assembleia Municipal e não tenha cumprido o Artigo 23º do Regimento que consigna que ‘esgotados os assuntos da ordem de trabalhos, poderá o presidente conceder um período antes de encerrar a sessão para que os membros possam concluir interpelações suspensas no período de antes da ordem de trabalhos ou prestar esclarecimentos pertinentes’».
Ainda no mesmo comunicado, José Martins conclui dizendo que «o PSD, com a sua arrogante e prepotente maioria, além de ter blindado o Regimento da Assembleia Municipal a seu gosto, nem sequer concede a pouca margem de liberdade às bancadas da oposição». Termina referindo que «existe uma profunda falta de cultura democrática na Assembleia Municipal de Vila Verde». Fonte Voz do Neiva por Carlos Silva
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