Braga: Governador Civil revela "Não há relação entre desemprego e crime"


Não há relação entre desemprego e crime , furtos Vale do Ave é exemplo, pois subiu o número de desempregados e baixou a pequena criminalidade Medidas de coacção não são dissuasoras

A criminalidade violenta diminuiu ligeiramente, no ano passado, no distrito de Braga, registando-se, no entanto, um acréscimo da pequena criminalidade, sobretudo associada à delinquência juvenil e aos fenómenos que lhe estão associados, como o consumo de droga, revelou ontem, na Câmara de Vila Verde, o governador civil, no final da reunião com a 2.ª comissão do conselho coordenador distrital, onde foi feita uma análise sobre a situação da segurança no distrito. Segundo Fernando Moniz, "não há uma ligação directa entre o desemprego e o aumento da pequena criminalidade, como prova a região do Vale do Ave, cujos números apontam mesmo para uma diminuição".
Assim, este fenómeno está associado à delinquência juvenil para a qual é preciso haver uma alteração do quadro legislativo "Muitos são levados a tribunal, têm dois ou três processos a decorrer e continuam a praticar actos criminosos. Tudo porque as medidas de coacção não são suficientemente dissuasoras e têm que o ser".
Ainda segundo Fernando Moniz, outro fenómeno que está a aumentar no distrito é o da prostituição, "sobretudo brasileira, tendo aumentado também as acções do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que no ano passado expulsaram mais imigrantes ilegais que no ano anterior". Os pedidos para abertura de bares também aumentaram, muitos deles sem estar a cumprir as funções para que foram inicialmente licenciados.
O governador civil não quis deixar passar em claro a situação actual da Polícia e da GNR que com a nova lei de dispositivo territorial irá implicar algumas alterações, nomeadamente "com a redefinição de situações de policiamento, aumentando as áreas que ficarão a cargo da PSP".
Reconhecendo que "há uma clara insuficiência de efectivos no distrito, dando como exemplo mais grave Barcelos, Fernando Moniz espera que "as tarefas burocráticas, como as notificações, que estão a ser elaboradas pelas forças policiais, passem a ser feitas por outras pessoas, libertando esses agentes para acções de fiscalização e segurança". Fonte JN por Pedro Antunes Pereira

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