Vila Verde: Quatro julgados por assaltos a casas


O Ministério Público pediu esta semana a condenação de três dos quatro arguidos acusados de assaltos a várias residências no concelho de Vila Verde, apoderando-se de bens avaliados em milhares de euros e de um veículo de alta cilindrada cuja matrícula foi falsificada. Um dos arguidos está em prisão preventiva.

Entre os meses de Maio e Dezembro de 2013, várias residências do concelho de Vila Verde, a esmagadora maioria das quais pertencentes a emigrantes, foram assaltadas com violência, ficando desapossadas de praticamente tudo o que fosse facilmente transacionável: electrodomésticos, artigos de limpeza, bicicletas, utensílios de lavoura e jardinagem, ferramentas, peças de roupa e de higiene, bebidas, objectos em ouro, etc.
Conseguiam à força o acesso ao interior das residências nas freguesias de Covas, Duas Igrejas (duas vezes), Panascais e nas casas situadas nas ruas Dr. Francisco Sá Carneiro e Três Horas, na sede do concelho de Vila Verde usando um pé-de-cabra ou uma chave de fendas, segundo a acusação do Ministério Público.
As aventuras criminosas dos arguidas terão cessado quando, a 21 de Dezembro, às 23,12 horas. Os quatro, que se faziam transportar num Audi A4 furtado, foram intervenientes num acidente de viação quando seguiam pela EN 308, em Sabariz, Vila Verde.
A matrícula francesa 614RHN75 do Audi passara para a portuguesa 23-00-55. A GNR — chamada a tomar conta da ocorrência — pôde então recuperar uma máquina de filmar, uma serra circular, um aparafusador, uma rebarbadora com disco, um berbequim, uma extensão eléctrica, 23 CD’s de música, um DVD, um quadro dos “namorados”, um tapete, uma colcha e fronha e uma manta.
No dia seguinte, a GNR deslocou-se à residência do casal arguido, na Rua Dr. Macedo Cunha, em Vila Verde, e apreendeu 75 munições de arma de fogo de calibre 6,35 milímetros. Nenhum dos dois arguidos possuía licença e uso de porte de arma.
José M., de 24 anos, solteiro, actualmente em prisão preventiva; Maria C., de 28 anos, casada e o seu marido Pedro M., de 29 anos, e ainda Filipe D., de 18 anos, são os arguidos deste caso e que ontem foram julgados pelo colectivo da Vara Criminal da Instância Central de Braga, sob a presidência do juiz João Miguel Sousa, coadjuvado pelas juízas Patrícia Madeira e Marlene Rodrigues.
O Ministério Público, pela voz da procuradora Natacha Borges de Pinho, acusa os arguidos José M. e Pedro M. da prática de 7 crimes de furto qualificado; Maria e Fiilipe, 4 desses crimes. Os quatro responderam também por crime de falsificação de documento. Para o casal Pedro e Maria C. há um crime de detenção de arma proibida mas, neste caso, a procuradora Natacha, nas suas alegações finais, pediu ontem a absolvição da arguida.
Dos quatro arguidos, apenas Pedro M. se defendeu da acusação. Quanto ao arguido preso, a procuradora requereu que fosse reproduzida a gravação com as declarações por ele prestadas em interrogarório perante o juiz de instrução criminal e que o colectivo deferiu. 
Foram ouvidas sete das testemunhas arroladas pela acusação.
Os arguidos são defendidos pelas advogadas Ana Ferreira e Anabela Pinto Santos que, nas alegações, pediram a absolvição dos acusados. A decisão do colectivo está agendada para o próximo dia 10 deste mês.

Fonte Correio do Minho por Luís Fernandes

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