Crise, só a nível económico no país. O capitão Alan foi o escolhido para dar a cara pelo Sp. Braga numa semana em que a equipa está ‘debaixo de fogo’ fruto das críticas dos adeptos depois da derrota caseira com a Académica, na última jornada da Liga, que ditou a queda para o oitavo lugar da tabela. À margem da visita ao Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva, em Vila Verde, o experiente jogador diz compreender a indignação dos adeptos, mas rejeita falar em crise e apela ao apoio de todos os bracarenses para o jogo com o Rio Ave.
“Crise? Acho que podemos falar de crise é no país. É o país que está em crise. No futebol acontecem estas coisas, o Sp. Braga é uma equipa em formação. Toda a gente esperava muito desta equipa, mas vamos dar a volta”, revelou o brasileiro, admitindo que a fasquia foi bastante elevada, criando expectativas altas para o grupo.
“Temos que estar com a cabeça fresca, pensar no nosso futebol, no nosso jogo, no nosso dia-a- -dia de trabalho. É claro que ficámos tristes pelos resultados. Começámos bem a pré-época e os primeiros jogos, mas a fasquia foi muito elevada e não sei se isso abateu um pouco a equipa. Temos que continuar a trabalhar, porque vamos sair desta fase”, sublinhou, optando por um discurso optimista.
Quanto à contestação dos adeptos, Alan diz compreender a insatisfação: “ficámos tristes, eles estão na razão deles, no entanto dependemos do apoio deles para sair da situação em que estamos. Os adeptos estiveram no treino, tivemos uma conversa formal, eles expuseram as ideias deles com tristeza e nós as nossas. Esperamos que no domingo estejam a apoiar-nos como sempre. É um momento difícil, mas vamos sair desta situação”.
Alan considera que “tem faltado só sorte”, confessando que “em alguns momentos falta concentração”. “É isso que acontece no futebol, um deslize pode por tudo a perder. No último jogo, sofremos um golo aos quatro minutos, depois tentámos dar a volta e empatar o resultado, não conseguimos. A Académica fez um bom jogo, mas tivemos várias oportunidades de fazer o golo, não conseguimos e perdemos o jogo”, revelou, acrescentando que a equipa está em consonância com os novos métodos de Jesualdo Ferreira.
Frente ao Rio Ave, a equipa vai dar tudo em campo para vencerem: “vai ser mais um jogo difícil, como têm sido todos. As equipas vêm a Braga muito fechadas e aproveitam um contra-ataque num erro nosso para fazer golo. Esperamos o apoio dos adeptos e vamos dar tudo por tudo nesse jogo”, rematou.
Onda guerreira cresce com mais de cem novos sócios
É um futuro cada vez mais vermelho e branco. As cores do Sp. Braga alastram-se num onda guerreira que chega, sobretudo, às gerações mais novas. Fruto da campanha de marketing e de aproximação do clube à região, são cada vez mais os sócios arsenalistas, pequenos guerreiros que nas escolas têm recebido a visita dos craques da equipa bracarense e ficam rendidos.
Esta época, o ciclo de visitas arrancou ontem, no Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva, em Vila Verde, onde há agora mais de cem novos sócios do Sp. Braga.
Alan, Rafa e Luís Silva foram recebidos por 140 alunos, mas muitos deles já eram associados, pelo que se estime que ronde a centena o número de novos sócios que fazem antever um futuro próspero para um clube que ultrapassou já a fasquia dos 30 mil associados.
Entre cânticos de apoio e alunos equipados a rigos, os guerreiros foram recebidos em verdadeiro ambiente de festa, numa tarde única para os mais novos.
“Nestas idades, gostam de ter os ídolos e conhecer os jogadores do clube da terra, numa iniciativa importante também para incentivar a prática desportiva. Eles têm actividades de enriquecimento curricular na área de actividade física e desportiva e é sempre bom contar com atletas como incentivo e exemplo”, sublinhou o director do agrupamento, Armando Machado.
Fonte Correio do Minho por Joana Russo Belo
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